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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Saindo de mansinho


O candidato derrotado à prefeitura de Rio Branco em 2012, Tião Bocalom, pode deixar o PSDB para disputar o Senado em outro partido no próximo ano. Ainda não se sabe em qual legenda ele se filiaria, mas há a especulação de costura política por parte do senador Sérgio Petecão (PSD) para lhe entregar a presidência do PSB, caso aceite uma dobradinha majoritária.

 No caso seria Petecão candidato ao Palácio Rio Branco e Bocalom ao Senado. Em declarações recentes, Bocalom descartou a possibilidade de sair do PSDB. Mas nos bastidores o seu grupo tenta convencê-lo da necessidade de mudança. Um dos motivos apontados pela ala “Bocanista” seria uma possível perda de espaço dele nas tomadas de decisão do PSDB.

 Eles temem seu enfraquecimento para o fortalecimento da candidatura de Márcia Bittar à deputada federal. Márcia é a mulher do presidente do partido, o primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Márcio Bittar. Desde que saiu derrotado das urnas no segundo turno de 2012, Bocalom tem se apresentado como candidato a uma das oito cadeiras do Acre na Câmara.

 Nas últimas semanas, porém, Bocalom tem sido sondado para o Senado. O principal interessado neste revés é Sérgio Petecão. Apesar de negar a mudança, Bocalom diz que ainda “há muita água para se passar debaixo da ponte” até outubro, prazo legal para mudança de partido e disputar a eleição seguinte.

 Auxiliares de Bocalom relatam que evento do PSDB em Sena Madureira deste sábado pode ser a gota d’água para sua desfiliação. Bocalom teria ficado “chateado” ao ter sido colocado na geladeira por todos os ocupantes da mesa.

 O presidente do PSDB nega tentativas para minar a candidatura de Bocalom ou perda de espaço dentro da legenda. “Candidatura proporcional cada um tem que construir a sua. Eu quando disputei a Câmara em 2010 não tinha cago no partido e obtive mais de 50 mil votos. Eleição proporcional não é o mesmo que majoritária”, diz o dirigente tucano.

 De açodo com Bitta, o único acordo firmado com Bocalom no início de 2012 era quanto às candidaturas majoritárias: “Eu abria mão de disputar a prefeitura e ele me garantia o apoio para o governo do Estado, este foi o acordo feito na Executiva Nacional. Não falamos em disputa para federal, com ajuda financeira ou cargos”, ressalta ele.

 Ainda segundo Bitta, todos os auxiliares diretos de Bocalom continuam com suas respectivas funções dentro da executiva estadual.  

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