Páginas

quinta-feira, 6 de junho de 2013

A velha política

Governo cria fato em torno da Cidade do Povo

Após sair derrotado em sua empreitada para deixar no Acre o processo da operação G7, o Palácio Rio Branco agora tenta criar fatos políticos em torno da Cidade do Povo, principal programa habitacional do governo Tião Viana. Os governistas já se anteciparam à possível determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) que poderia vir a determinar a paralisação do projeto.

Como o assunto da semana é o julgamento do G7 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o governo trabalha para criar fatos e desviar o foco. Como sempre, os governistas de plantão encontraram o bode expiatório: a oposição.

É o velho clichê recorrido por parte daqueles que não têm argumento: “A culpa é da oposição”.

O fato criado pelo governo diz respeito a uma representação impetrada pelo Ministério Público do Acre contra o credenciamento das empresas que atuariam na Cidade do Povo, as mesmas denunciadas pela Polícia Federal por formação de cartel, quadilha e desvio e verbas públicas.

A ação do MP acreano foi protocolada ainda antes da operação G7, e o governo já sabia dela faz tempo. Agora o caso é tirado da gaveta para atacar a oposição –e, lógico, de olho na eleição de 2014.

“Conseguiram prejudicar o andamento de 10.518 famílias beneficiadas por esse programa, além de 20 mil trabalhadores. Infelizmente temos que conviver com isso”, declarou o vice-governador César Messias, convocado, mais uma vez, para fazer os ataques aos opositores.

Durante as interceptações telefônicas feitas pela PF com autorização da Justiça, foi revelado um conluio entre funcionários das empreiteiras da Cidade do Povo para a redução do tamanho das casas para aumentar os lucros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário