Governo cria fato em torno da Cidade do Povo
Após sair derrotado em sua empreitada para deixar no Acre o
processo da operação G7, o Palácio Rio Branco agora tenta criar fatos políticos
em torno da Cidade do Povo, principal programa habitacional do governo Tião
Viana. Os governistas já se anteciparam à possível determinação do Tribunal de
Contas da União (TCU) que poderia vir a determinar a paralisação do projeto.
Como o assunto da semana é o julgamento do G7 pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), o governo trabalha para criar fatos e desviar o foco. Como
sempre, os governistas de plantão encontraram o bode expiatório: a oposição.
É o velho clichê recorrido por parte daqueles que não têm
argumento: “A culpa é da oposição”.
O fato criado pelo governo diz respeito a uma representação
impetrada pelo Ministério Público do Acre contra o credenciamento das empresas
que atuariam na Cidade do Povo, as mesmas denunciadas pela Polícia Federal por
formação de cartel, quadilha e desvio e verbas públicas.
A ação do MP acreano foi protocolada ainda antes da operação
G7, e o governo já sabia dela faz tempo. Agora o caso é tirado da gaveta para
atacar a oposição –e, lógico, de olho na eleição de 2014.
“Conseguiram prejudicar o andamento de 10.518 famílias
beneficiadas por esse programa, além de 20 mil trabalhadores. Infelizmente
temos que conviver com isso”, declarou o vice-governador César Messias,
convocado, mais uma vez, para fazer os ataques aos opositores.
Durante as interceptações telefônicas feitas pela PF com
autorização da Justiça, foi revelado um conluio entre funcionários das
empreiteiras da Cidade do Povo para a redução do tamanho das casas para
aumentar os lucros.
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