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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Liberdade passada



Um dos assuntos mais recorrentes no Acre nas últimas semanas tem sido o ataque do governo Tião Viana a qualquer forma de liberdade de expressão e imprensa.

Isso é um fato evidente, sem mais delongas.

Tudo isso me faz lembrar os saudosos e curtos quatro anos do governo do petista Arnóbio Marques de Almeida Júnior, o Binho Marques.

De 2007 a 2010 o Acre viveu um dos momentos mais prósperos no tocante à garantia das liberdades individuais e de funcionamento independente e harmonioso entre os Poderes constituídos –ao contrário dos dias atuais.

Binho Marques é um democrata nato. Nunca aceitou a interferência de seus assessores na linha editorial das empresas de comunicação. Nunca recebi uma ligação para reclamarem de reportagens ou críticas.

Binho, aliás, fugia da imprensa. Sua timidez o afugentava da frente das câmeras.
Muitas das vezes não queria nem sua equipe de assessoria nas agendas de governo.

Na atual gestão, por sua vez, fotógrafos e repórteres moram dentro do gabinete do governador.

O Acre sente falta hoje do governo Binho Marques. Estamos num momento institucional delicado, e o tensionamento da crise política vivida pelo governo deságua nas já quase extintas redações.

Quem perde é a democracia, quem perde é a sociedade que fica sem voz para suas queixas  

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