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sábado, 15 de junho de 2013

Moisés, a Terra Prometida e o Supremo

Moisés (o Diniz) aponta para o Supremo: só um milagre para os 11 mil

O que o deputado estadual acreano Moisés Diniz, do PC do B, tem em comum, além do nome, com o profeta Moisés, o libertador do povo judeu? Os dois decidiram abraçar causas quase impossíveis.

Vejamos: o profeta Moisés recebeu como missão divina (e Suprema) a retirada dos judeus da condição de escravos em terra egípcia e levá-los rumo à Terra Prometida, onde emana leite e mel. Moisés jogou as Dez Pragas sobre o Egito e conseguiu a autorização para seguir rumo. Até milagre fez ao abrir o mar para o povo passar.

Daí em diante foi uma saga de décadas, com ele morrendo sem colocar os pés em solo santo, deixando a missão para seus sucessores.

Aqui, Moisés Diniz tem uma missão Suprema, e ponha suprema nisso. Ele precisa enfrentar o Supremo Tribunal Federal e sua decisão de mandar para a rua 11 mil servidores sem concurso público. Moisés (o Diniz) decidiu comprar a briga destes trabalhadores. Está atravessando o deserto em busca da Canaã amazônica.

Analisando a frieza das leis –não aquelas 10 escritas em uma tábua no alto do monte –, o Moisés de Tarauacá está numa luta perdida. Avançando mais no tempo, mas ainda no judaísmo, seria como o pequeno Davi diante do gigante Golias.

Moisés Diniz roga ao Supremo (não o Divino) para que não haja um caos social no Acre com a demissão dos 11 mil trabalhadores. Se os judeus foram escravos dos egípcios, os 11 ministros do Supremo são escravos da Constituição da República Federativa do Brasil –vide Carmên Lúcia.

Assim como na história bíblica, somente um milagre para evitar as demissões. O Moisés comunista tem diante de si não o Mar Vermelho, mas um Oceano Pacífico para atravessar. A luta hercúlea (entramos na mitologia grega) do Moisés judeu lhe rendeu a eternidade na História e é até hoje reverenciado por judeus e cristãos ao redor do Planeta.

Se o Moisés da terra do bom abacaxi obter uma vitória Suprema, pode assegurar um lugar na Assembleia Legislativa do Acre em 2014. Em 2005 a ex-deputada do PT Naluh Gouveia aprovou uma PEC que garantia a permanência dos 11 mil. Como recompensa assegurou um lugar na Terra Prometida: o Tribunal de Contas do Estado.

Será que o nosso Moisés também alcançará esta benção?    

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