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Os principais textos sobre a operação da PF que revelou esquema de corrupção no governo do Acre |
No próximo domingo, dia 2 de outubro, os acreanos e acreanas vão às urnas decidir o futuro político, econômico, social e ambiental do Acre. Certamente, o cargo mais importante em disputa, no estado, é o de governador. O eleitorado será convidado a decidir se mantém tudo como está, ou muda. Muito mais do que uma escolha, os eleitores farão o julgamento político do governador Gladson Cameli (PP), que, em dezembro do ano passado, se viu encurralado pela Polícia Federal na porta de sua casa, e ainda provocou a cena vexatória de viaturas e policiais dentro do Palácio Rio Branco, a sede do poder Executivo. Cenas assistidas por todo o país.
A operação Ptolomeu revelou aquele que é, sem dúvidas, o maior escândalo de corrupção na história do Acre, com mais de R$ 800 milhões que teriam sido desviados, de acordo com a PF e Controladoria Geral da União, do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
No inquérito da PF, que está em julgamento no Superior Tribunal de Justiça, a PF classifica o governador do Acre como o chefe da organização criminosa que teria desviado toda essa dinheirama. Ele nega todas as acusações, e diz estar aberto às investigações.
O fato é que a operação Ptolomeu se baseia em relatórios de inteligência do Coaf, que apontam as chamadas transações atípicas feitas por Gladson Cameli, incluindo dinheiro em espécie, a mesma prática usada pelo clã Bolsonaro para comprar 51 imóveis.
Mesmo com Cameli envolvido neste mar de escândalos, o eleitorado acreano se mostra complacente, e vai render a ele, como apontam as pesquisas até aqui, mais 4 anos de mandato. Este é o mesmo eleitor que se diz conservador e defensor da moral, que afirma não votar em Lula e no PT por acusá-los de corrupção. Ou seja, nessa balança temos dois pesos e duas medidas.
Para relembrar tudo o que a Polícia Federal e a CGU investigam, republico aqui a série de reportagens que o colega jornalista Leonildo Rosas e eu produzimos com base no inquérito de quase mil páginas da operação Ptolomeu. Como o eleitor e eleitora parecem ter memória fraca, essa é uma boa oportunidade para relembrarmos os fatos, tentarmos ficar escandalizados, e pensar bem em quem escolher para governar ou desgovernar os rumos do Acre.
Ao eleitor, caberá o julgamento político. Ao Judiciário, julgar e garantir o pleno direito de defesa de Gladson Cameli.
A seguir, o link das reportagens produzidas pelo blog com base no inquérito da operação Ptolomeu
Coaf aponta que mais de R$ 400 milhões entraram em conta de pai do governador do Acre
Propinoduto Amazônico
“Operador de Gladson”, Rudilei Estrela recebia dinheiro repassado por empreiteiras
Para PF, governo Gladson faz manobras para burlar fiscalização federal
Opinião
Governo Cameli: sobram muitos escândalos, falta bastante competência
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