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terça-feira, 27 de setembro de 2022

Retorno garantido

Maioria dos governadores bolsonaristas será reeleita na Amazônia Legal

 

A manutenção do apoio político ao bolsonarismo nos estados da Amazônia é um desafio para preservação do bioma 

 

(Foto: Ascom/Planalto)

Com muitos governadores dos nove estados da Amazônia Legal eleitos na esteira da onda bolsonarista das eleições de 2018, a tendência é que a maioria seja reeleita em 2022. É o que apontam as mais recentes pesquisas do Ipec compiladas pelo ((o))eco. Além da vantagem política de deter o controle da máquina estadual, alguns continuam no embalo da popularidade de Jair Bolsonaro (PL), que demonstra resistência em parte do eleitorado da região.  


Apesar de alguns dos candidatos à reeleição se apresentarem como aliados do bolsonarismo, eles não exploram à exaustão a imagem do presidente em seu material de campanha, seja nas redes sociais ou nos programas eleitorais. A principal estratégia deles é apresentar as realizações de seus governos nos últimos três anos e nove meses, e culpando a pandemia da Covid-9 por não terem feito mais. 

Mesmo em estados onde Bolsonaro aparece à frente de Lula (PT), nas pesquisas, os governadores preferem focar o conteúdo da campanha nas questões locais, falando diretamente com o eleitor de seus estados. Exemplo disso acontece no Acre, em Mato Grosso, em Rondônia e em Roraima.

No caso de Gladson Cameli (PP), do Acre, Antônio Denarium (PP), em Roraima, e de Mauro Mendes (União Brasil), em Mato Grosso, se ancorar na imagem presidencial parece até dispensável diante da ampla vantagem deles sobre os adversários. A se confirmar os números do Ipec, os três podem ser reeleitos já no primeiro turno.    

Já o coronel Marcos Rocha (União Brasil), em Rondônia, enfrenta com outro bolsonarista, o senador Marcos Rogério (PL), o espólio de Bolsonaro, que tem, entre os eleitores rondonienses, 58% da preferência, contra 26% de Lula. Ao contrário de 2018, Rocha tem explorado pouco o fato de ser um militar igual ao presidente, sendo o candidato mais identificado com o bolsonarismo no estado, rendendo-lhe a vitória então.

Rocha pode ter que ir para o segundo turno contra Marcos Rogério, que se apresenta como o candidato oficial de Bolsonaro em Rondônia por ser do mesmo partido, o PL. Quem também precisará de mais tempo para assegurar a reeleição é Wilson Lima (PSC), no Amazonas. Oficialmente, é o candidato do presidente por o PL integrar a coligação. No Amazonas, porém, Lula aparece à frente. 

 

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