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sábado, 29 de dezembro de 2012

As bruxas do PT

Passadas as eleições, escolhido o secretariado e faltando algumas horas para Marcus Alexandre (PT) assumir a prefeitura de Rio Branco, o clima ainda continua de caça às bruxas dentro dos órgãos municipais –e estaduais.

O alvo são os servidores apontados como aqueles que não se entregaram de corpo e alma à dura campanha para eleger o petista. Perseguidos por não irem às rotatórias balançar as bandeiras do PT, estes funcionários são descartados e colocados na geladeira. 

Com o começo da nova gestão, vale de tudo para assegurar o cargo que garante um salário mais robusto. Os funcionários mais ligados ao petismo fazem de tudo para manter a gratificação e evitar o pé na bunda a partir de 2013. 

O PT continua com os mesmos erros que o levou ao atual desgaste: querer transformar as repartições públicas em diretórios do partido e onde os servidores do Estado rezem a cartilha. É por essas e outras que as vitórias estão cada vez mais suadas –e bastante caras. 

A Marcus Alexandre caberá o desafio de acabar com esta cultura da perseguição aos trabalhadores por conta de seus posicionamentos políticos. Moramos numa democracia e ninguém é obrigado a aceitar as imposições dos outros. O servidor é do Estado, e não do partido. 


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Guardas na fronteira

Governo do Povo do Acre realiza uma mega-aquisição de equipamentos para o policiamento em nossa tríplice fronteira: cinco motocicletas e quatro quadriciclos.

Desse jeito não tem criminoso que ouse entrar no Brasil com drogas, armas ou contrabando.




Na fila de espera

Os pedidos de empréstimo do Acre junto aos bancos Interamericano e Mundial, BID e BIRD, ainda estão na fila de espera para serem votados pelo Senado. Por se tratar de financiamento junto a entidades estrangeiras, é necessário o aval da Comissão de Assuntos Econômicos, bem como da Secretaria do Tesouro Nacional. Aprovados pela Aleac no meio do ano, eles ficarão para votação somente em 2013, quando o Senado voltar do recesso.

Como membros suplentes da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), os senadores petistas Anibal Diniz e Jorge Viana terão papel essencial para garantir a tramitação rápida dos pedidos. Como vice-presidente da Mesa, Jorge terá mais influência no caso.

Com as eleições na Câmara e Senado em 2013 é certo que ocorra nova dança das cadeiras nas comissões das duas Casas. Quem possuir mais traquejo e desenvoltura política conseguirá a titularidade em comissões importantes.

Veja mais nas Quentinhas da Redação desta quinta

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Próxima eleição


A foto acima é a obra da construção de um parque que passará pelos bairros Nova Estação, Izaura Parente e seguirá até a Vila Ivonete. Ela se arrasta desde o governo Binho Marques. A cada eleição ela ganha ritmo acelerado. É uma construção gota a gota. Quando as urnas são fechadas, os tapumes também.

Assim foi este ano. Enquanto Marcus Alexandre era candidato e lutava para derrotar Tião Bocalom, a obra ganhou ritmo supersônico. Deu até para ergues estas colunas. Encerrado o dia 28 de outubro (segundo turno), tudo parou. As porteiras estão fechadas e o mato toma de conta dos insumos que restaram.

Enquanto isso o esgoto continua ao ar livre e passando pelas casas dos moradores dos bairros “beneficiados”. Esta é a forma do PT enganar os eleitores no Acre. Executa obras caras e pessimamente entregues ao contribuinte. É dinheiro público jogado no lixo.

É por isso que nesse Estado não tem dinheiro para pagar o 13º salário de servidor público.  

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A vaca mecânica de Tião


No Acre não é só Tião Bocalom quem tem uma vaca mecânica. Motivo de piada por parte da campanha petista em 2012, o tucano pagou alto por ter prometido uma vaca mecânica para Acrelândia quando disputou a prefeitura da cidade no início dos anos 1990.

Passada a tormenta eleitoral, Tião Viana também apresentou sua invencionices mecânicas. Não é uma vaca mecânica de Bocalom, aquela que produz leite a partir dos grãos de soja. Trata-se da ordenhadeira mecânica, este instrumento colocado nas tetas dos animais para sugar o leite, o que aumenta a produtividade do criador.


É tucano e petista criando as vacas mecânicas do Acre 


Divisão e subtração

O dinheiro perdido pelo Acre do Fundo de Participação dos Estados (FPE) seria suficiente para pagar o salário de dezembro e o 13º em dias, sem ser necessário deixá-lo para depois do Natal. Ao todo, o governo perdeu mais de R$ 300 milhões.

A redução provocou um baque nos cofres estaduais, ainda mais diante da segunda parcela do reajuste de 15% de todo o funcionalismo público. A Fazenda precisou fazer um verdadeiro milagre para operar o muito com pouco.

Nunca antes na história da Frente Popular o governo passou por tantas dificuldades. Período como esse só em 1999, quando Jorge Viana assumiu um Acre quebrado pela corrupção e incompetência dos governos passados. Jorge encontrou o Estado com três meses de salário atrasados e mais o 13º.

Mas o aperto fiscal em que seu irmão Tião se viu às voltas mostra que o Estado ainda tem um pouco de folga. Poderia estar melhor não fosse as ainda gastanças do governo com seus afilhados empregados no Estado e desperdício de dinheiro com o desnecessário.

 Além disso, o Palácio Rio Branco não mediu esforços em abrir a torneira dos gastos neste ano de eleições municipais, com seu candidato na capital atrás nas pesquisas. Como no Acre é recorrente o uso do aparelho estatal em benefício dos aliados, quem no final acaba por pagar a conta é o cidadão.

Veja mais na coluna desta quarta-feira

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Sem crise

Neste fim de ano nada de crise no Reveillon 2013

Veja o gasto do governo Tião Viana só com o show do pagodeiro Péricles

 

domingo, 16 de dezembro de 2012

A força de Marina


Pesquisa realizada pelo Datafolha na quinta-feira passada e divulgada neste domingo pela Folha de São Paulo mostra que, se a eleição presidencial fosse hoje, a acreana Marina Silva (sem partido) seria o nome de oposição mais forte ao PT. Marina bate até mesmo figuras da política nacional, como o pop-star senador Aécio Neves, do PSDB mineiro.

No cenário com Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves, a ex-senadora recebe 18% das intenções de voto, contra 14% de Aécio Neves. Já a presidente se reelegeria fácil no primeiro turno com 57%. Marina Silva supera Aécio Neves até no Sudeste, reduto mineiro. Lá ela tem 20% contra 17% do tucano.

Em todos os cenários elaborados pelo instituto, a ex-ministra do Meio Ambiente aparece em segundo lugar. 

Estes são números preliminares e que não se manterão até 2014. Marina ainda não se definiu se será candidata, nem partido tem. Mas os dados mostram a força da acreana após a eleição de 2010, quando teve 20 milhões de votos.

Mesmo dois anos após aquele pleito, ela se mantém forte e com chances reais de ser competitiva, ameaçando a polarização PT/PSDB na disputa presidencial. Muita água ainda tem para rolar debaixo dessa ponte.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Frescura na academia


Após décadas de funcionamento enfim as salas de aula da Universidade Federal do Acre, a Ufac, ganham ar-condicionado. Promessa de campanha do reitor Minoro Kimpara, aos poucos ela vai sendo cumprida.

Será o fim do inferno amazônico para os alunos, principalmente do turno da tarde, que tinham que lidar com um Sol de rachar entrando pelas vidraças quebradas e tendo como único consolo os ventiladores de teto.

Agora o tormento passou, é só comemorar e desfrutar o aparelho –ah, aos vândalos fica o recado: vamos cuidar deste patrimônio público. 

P.S: Senhor reitor, favor instalar ar-condicionado nas salas de Ciências Sociais, este humilde aluno agradece.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Guerra petista

Enquanto os olhos da opinião pública estão concentrados no famigerado PEN e sua gula por cargos na Mesa Diretora da Aleac, outro campo de batalha se travou de forma oculta pela presidência: o PT.
Com a interferência do assessor Francisco Nepomuceno, o Carioca, nas discussões, que resultou na rasteira na candidatura do líder do PT, Geraldo Pereira, começou a retaliação. Inconformado com a atitude de Carioca, Pereira decidiu reagir, e procurou logo Tião Viana.

A dinamite do petista era poderosa, capaz de enfraquecer o todo-poderoso Carioca. Ao governador, Pereira relatou uma conversa que teve com Carioca semanas antes de Tião Viana subir as escadarias do Palácio Rio Branco. Neste diálogo, o assessor declarou estar receoso com o estilo “perseguidor” do governador.

Responsável pelas negociações salariais entre governo e sindicato, Carioca disse estar temeroso com a própria vida, com medo de “levar um tiro” de grevistas como represália a não disposição do governador em atender as reivindicações.

A declaração estremeceu as bases do Palácio Rio Branco e uma reunião da executiva do PT foi convocada para definir o posicionamento do partido na disputa da Mesa. O governador determinou que Pereira falasse na frente de Carioca tudo o que ele lhe tinha contado. Assim procedeu o deputado na reunião.

Veja mais nas Quentinhas da Redação desta segunda

Amigas para sempre


Uma amizade que vale por mil Argentinas

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Caos aéreo



Hoje, em Senador Guiomard, ocorreu um assalto a uma agência bancária. Os policiais estão na caça aos bandidos, mas estão desfalcados: o caríssimo helicóptero Comandante João Donato, o Estrelão, não está no Acre. Mais uma vez encontra-se em SP para manutenção. A aeronave fica longe do Estado num dos momentos mais críticos, com a grande circulação de dinheiro com o pagamento do 13º salário.

Coisas do Acre

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Porto Velho sitiada

Prefeitura de Porto Velho sofre devassa da Polícia Federal

A prefeitura de Porto Velho, do petista Roberto Sobrinho, foi alvo de devassa pela Polícia Federal em duas operações simultâneas nesta quinta. Secretários e diretores de órgãos foram presos acusados de corrupção e o prefeito afastado do cargo. De acordo com a investigação do MP de Rondônia, o desvio de dinheiro se dava a partir de fraudes em licitações públicas.

A Operação Vórtice cumpriu 18 mandados de prisão, 31 mandados de busca e apreensão, 22 mandados de afastamento de cargo e 22 mandados de indisponibilidade de bens. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de Rondônia.

As investigações começaram em 2011, gerando a instauração de inquérito policial no início de 2012. O trabalho foi realizado entre os MP do Estado e Federal, Tribunal de Contas e Polícia Federal. O esquema envolvia políticos, empresários e laranjas. Segundo a denúncia, o dinheiro era desviado por meio de contratos fraudados de prestação de serviço.

Ao todo, mais de R$ 100 milhões foram desviados da prefeitura de Porto Velho. O alvo da quadrilha eram as Secretarias Municipais da Administração (SEMAD), Serviços Básicos (SEMUSB), Obras (SEMOB), Agricultura (SEMAGRIC), Procuradoria-Geral do Município (PGM) e Controladoria-Geral do Município (CGM).

Os acusados serão denunciados por formação de quadrilha, corrupção passiva, corrupção ativa, fraude a licitação, tráfico de influência, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, dentre outros.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Pretório e precatório

Crise no TRT Acre/Rondônia: juízes são acusados de participação em fraude no pagamento de precatórios

O Tribunal Regional do Trabalho da 14º Região (TRT Acre/Rondônia) está em uma das maiores crises de sua história. Ao todo, três juízes foram afastados suspeitos de participação em esquema de pagamento ilegal de precatórios de servidores da Secretaria de Educação de Rondônia.  Nesta quarta a Polícia Federal desencadeou a segunda fase da Operação Pretório, em Porto Velho. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou ainda nesta quarta o afastamento da juíza Isabel Carla Piacentini, da 2º Vara Regional do Trabalho. Outros quatro magistrados já tinham sido afastados. De acordo com a PF, Isabel Piacentini teria facilitado o pagamento de cerca de R$ 5 milhões ao escritório da advogada Elisiane Ferreira, presa na operação.

O marido da juíza, Edson Piacentini, também teve mandado de prisão cumprido. O esquema envolvia a falsificação de documentos que davam a “legitimidade” para entrar nos planos dos beneficiados pelo pagamento de precatórios.



A máquina pública-sempre ela

O Ministério Público Eleitoral da 4ª Zona (MPE) pediu a cassação dos prefeitos eleitos de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Mâncio Lima, e seus respectivos vices, por meio de representações eleitorais ajuizadas pelo promotor eleitoral Iverson Bueno. A denúncia contra os três é a mesma: abuso de poder político. Segundo o promotor, eles usaram da estrutura da prefeitura para obter vantagem.

Em Cruzeiro do Sul, a ação de investigação judicial eleitoral (Aije) o prefeito reeleito Vagner Sales (PMDB) é denunciado por abuso de poder político. Segundo a denúncia, o peemedebista realizou ações emergenciais em bairros da cidade no período eleitoral com a intenção de ajudar moradores de dois bairros para obter mais votos.

“Foi solicitado o reconhecimento da inelegibilidade de Vagner Sales pelo tempo de oito anos”, afirma o promotor eleitoral Iverson Bueno. A diplomação de Vagner Sales ocorre nesta quarta-feira no Teatro dos Náuas.

 Na terça foi diplomado, em Rodrigues Alves, o atual prefeito Francisco Ernilson, o ‘Burica’, do PT, já que o candidato eleito, Francisco Vagner Santana, conhecido por ‘Deda’, foi considerado como ficha suja pelo Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE/AC) e teve seu registro indeferido.

Deda, porém, possui recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com Iverson Bueno, Burica e seu vice são alvos da ação devido à contratação de pessoal dentro dos três meses que antecederam o pleito, além de fazer uso de uma patrulha mecânica para realizar a construção de vários ramais, dias antes da eleição.

No município de Mâncio Lima, o candidato reeleito Cleidson Rocha PMDB), já diplomado no último dia 4, contratou funcionários dentro do período eleitoral e realizou doação em dinheiro a determinadas lideranças, em troca de apoio político; entre eles, um indígena; o que levou o MPE a ajuizar a representação no município.

As informações são da Agência MPE

No fundo baú

O líder do PSDB na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Wherles Rocha, afirma que pessoas de dentro do governo o informaram que em breve será enviado projeto pedindo a autorização para recorrer ao fundo do Instituto de Previdência do Acre (Acreprevidência). O dinheiro seria usado pata assegurar o pagamento do 13º salário dos servidores públicos. Com a queda de transferências federais na ordem de R$ 100 milhões, o Palácio Rio Branco enfrenta dificuldades para fechar o gasto com pessoal. 

Recorrer ao fundo de aposentadoria dos servidores não é novidade na vida política do Acre. Ele já foi sucateado pelos governos anteriores por conta da péssima gestão. É de reconhecer o esforço do governo do PT para reestruturar o fundo, a garantia de equilíbrio nas finanças públicas. 

Mexer no fundo pode representar nesta altura do campeonato. Com a crise financeira a situação pode ficar pior (acredite) ante uma expectativa de enxurrada de aposentadorias de servidores em 2015. Com  funcionários vestindo o pijama, as despesas do Estado aumentam, perdendo a constribuição destes aposentados. Será uma matemática difícil de lidar, que exige bastante prudência e sangue-frio neste momento.

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Ciências Sociais


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O mensageiro de Dilma


O governador acreano Tião Viana foi escolhido nesta terça-feira em reunião no Ceará com seus outros 19 colegas para levar mensagem até a presidente Dilma Rousseff comunicando a mobilização das bancadas em Brasília para derrubar o veto que distribuí entre todas as unidades da federação os royalties do petróleo.

Segundo o governador do Ceará, Cid Gomes, foi decidido que Tião Viana vai procurar a Dilma para esclarecer que “o movimento não é contra ela, nem contra o governo federal, mas por justiça na distribuição dos royalties”. O governador cearense disse entender que a presidenta “sofreu pressão” para vetar o projeto, mas afirmou que “ela foi induzida a erro por sua assessoria na questão do veto”.

Em outubro o Congresso Nacional aprovou projeto de lei que define as novas regras de partilha dos royalties do pré-sal entre todos os Estados. Hoje, com as atuais regras, Rio de Janeiro e Espírito Santo ficam com mais de 80% desta verba. Por pressão dos Estados produtores, Dilma vetou na semana passada a matéria.

Agora o Senado avaliará o veto, decidindo se mantém ou derruba. Diante da mobilização dos governadores, a tendência é o ato da presidente seja desfeito. A tendência é do imbróglio ir para no Supremo Tribunal Federal.

Participaram da reunião, além de Cid Gomes (PSB) e Tião Viana (PT), os governadores de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB); da Bahia, Jaques Wagner (PT); do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT); de Goiás, Marconi Perillo (PSDB); Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB), Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB); do Piauí, Wilson Nunes Martins (PSB), de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB) e Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB).

Os governadores de Minas Gerais, da Paraíba, do Paraná, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Tocantins e de Santa Catarina enviaram representantes.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A insustentabilidade no Madeira

Uma briga entre peixes grandes revolta o curso do rio Madeira. As usinas hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, segundo e terceiro maior potencial hidrelétrico do Programa de Aceleração do Crescimento, disputam cada megawatt a ser extraído das águas de Rondônia.

Desde que ganharam o leilão para explorar o rio, entre 2007 e 2008, os empreendimentos tentam antecipar as obras e fazem alterações ao projeto para aumentar a geração de energia.

Mas, construídas com 110 quilômetros de distância entre elas, ambas as usinas alegam que as mudanças pleiteadas pela vizinha prejudicariam o seu projeto. E batem na porta do governo federal, responsável por autorizar cada alteração, com argumentos técnicos e ameaças jurídicas.

Literalmente à margem das decisões, os habitantes de cidades e vilas banhadas pelo Madeira ainda tentam se adaptar às reviravoltas pelas quais o rio já passou. Impactos que podem ser agravados com a expansão das usinas.

Como as ondas gigantes que engoliram casas e provocaram desmoronamentos em Porto Velho e duas outras comunidades rio abaixo. Ou as 11 toneladas de peixes mortos encontrados nas proximidades da barragem – o cheiro era tão forte que podia ser sentido do centro da capital.

“Como se pode sequer pensar em autorizar a expansão de um empreendimento que ainda não mostrou como vai mitigar os impactos já detectados?”, questiona o promotor Aluildo de Oliveira Leite, do Ministério Público Estadual de Rondônia.

Acompanhando o processo há alguns anos, ele não confia que o governo vai cobrar a dívida ambiental e social das usinas antes de injetar mais dinheiro nos empreendimentos.

Por isso, move uma ação exigindo que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) se abstenha de licenciar qualquer expansão enquanto as empresas não derem uma resposta satisfatória aos problemas constatados.

Ele não está sozinho. Os Ministérios Públicos estadual e federal, além de organizações ligadas ao meio ambiente, já moveram mais de uma dezena de ações questionando os impactos provocados pelas usinas e o modo como o governo deveria controlá-los.

O receio dos promotores e ambientalistas é que o interesse público e os direitos dos milhares de moradores afetados pelas obras fiquem pequenos quando confrontados com as forças envolvidas nessa disputa.


Queda de braço

De um lado está a multinacional de origem francesa GDF Suez, que comprou as ações da construtora Camargo Correa e virou sócia majoritária da sociedade Energia Sustentável do Brasil, responsável por Jirau. A empresa também tem entre seus sócios a Eletrosul e a Chesf, ambas vinculadas ao Ministério de Minas e Energia.

Do outro lado, o consórcio Santo Antônio Energia é liderado pela Odebrecht e fatiado entre Andrade Gutierrez, Eletrobrás-Furnas (vinculadas ao Ministério de Minas e Energia) e Cemig (subordinada ao governo de Minas Gerais).

Juntos, os dois empreendimentos devem receber mais de R$ 30 bilhões para construir e explorar uma estrutura capaz de gerar 6,9 mil megawatts – o equivalente a 6% de toda a energia produzida no país, suficiente para abastecer mais de 20 milhões de residências. A potência máxima de Jirau é de 3.750 megawatts, a de Santo Antônio 3.150.

O motivo da corrida e da disputa entre as empresas é que apenas uma parcela da energia a ser produzida por essas usinas, cerca de 60%, será vendida para o mercado cativo (ambiente de compra e venda controlado pelo governo).

A outra parte pode ser vendida no mercado livre, ao preço que a usina conseguir, assim como toda a energia que for produzida antes da data prevista no contrato com o governo.

Por isso, desde que o leilão foi encerrado, as duas concessionárias tentam antecipar o início de sua operação e pleiteiam autorizações para aumentar a potência de geração. Mas o cálculo para aumentar o rendimento financeiro não leva em conta os custos sociais e ambientais – que também crescem com as mudanças.

“As greves que estouraram em Jirau em 2011 foram consequência dessa aceleração. A empresa contratou mais funcionários do que era previsto, e mais do que ela era capaz de administrar. Tudo para vender energia antes”, diz a economista Alessandra Cardoso, assessora do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), ONG que monitora os investimentos nas usinas hidrelétricas na Amazônia.

Além da greve, o inchaço no número de trabalhadores – o dobro do planejado – representou uma explosão demográfica na região. Não havia leitos nos hospitais para os operários acidentados, nem matrícula nas escolas para os filhos dos trabalhadores. Os moradores de Jaci Paraná, povoado mais próximo de Jirau, vivem sufocados pela violência depois que a vila de pescadores triplicou de tamanho em três

Todos os impactos são previstos de acordo com o tamanho e cronograma da obra. A partir desse plano, são calculados os valores e as ações para criar a estrutura pública necessária. Por isso, é importante que o plano seja cumprido. “As empresas não têm o direito de passar por cima de tudo isso para aumentar rentabilidade”, diz Alessandra.

As mudanças para baixar o custo de Jirau já nasceram antes mesmo de a obra começar. O consórcio Energia Sustentável apresentou uma proposta que alterava o local da barragem em 9,4 quilômetros. Em vez da cachoeira de Jirau, a usina foi construída na corredeira chamada Caldeirão do Inferno.

A alteração trouxe economias de R$ 1 bilhão no custo da obra, mas gerou o alagamento adicional de 400 hectares da Floresta Estadual Rio Vermelho, segundo o Ministério Público de Rondônia. O órgão moveu uma ação de improbidade administrativa contra a presidência do Ibama por ter autorizado a mudança sem refazer os estudos de impacto ambiental

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domingo, 2 de dezembro de 2012

Sacangem petista


O ano que caminha para seus últimos dias ficará na história política do Brasil e do Acre como aquele em que ficamos sabendo que prazer dos petistas não está só em participar de esquemas de desvio de dinheiro público, pagar mesadas, comprar eleição e tantas outras traquinagens à esquerda. Uma pulada de cerca vez por outra também faz parte do histórico do PT.

Depois de quase 20 anos o Brasil foi apresentado à amante de Lula, Rosemary Noronha, aquela indiciada pela Polícia Federal por fraudar e vender pareceres a empresas. Isso não sou eu quem diz, mas o maior jornal do Brasil, a Folha de São Paulo.

Em matéria deste sábado (leia aqui), o jornal mostra que a relação íntima de Rose com Lula explica sua influência no governo, a ponto de indicar os diretores das agências reguladoras. Segundo o jornal, em todas as viagens internacionais (num total de 28) em que a ex-assessora acompanhou o presidente a primeira-dama Marisa estava ausente.

Rose tinha acesso exclusivo à suíte presidencial do Aerolula. Aqui no Acre a campanha para prefeito de Rio Branco também foi marcada por um escândalo sexual. Durante as últimas semanas do segundo turno explodiu a bomba de uma possível pulada de cerca do petista Marcus Alexandre.

A possível sacanagem do novo caiu na boca do povo e não se falava em outra coisa. O caso teria ocorrido entre ele a uma candidata a vereadora de um partido aliado, o que rendeu até no fim do casamento da “companheira” não eleita. Mas o caso foi abafado pelo bom uso da máquina pública (outro prazer do PT), que rendeu a Marcus Alexandre a vitória apertadíssima.

Nem só de negociatas e maracutaias vivem os políticos da pátria amada, um chega-chega é bom para aliviar a tensão (não o tesão) de sempre ter os cabra-machos da Polícia Federal ou do Ministério Público na cola.  

Foi bom pra você?