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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Os varadouros de Marina no Acre

Após o PSB e a Rede se definirem sobre como vão se comportar neste segundo turno presidencial entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), a dúvida é quanto ao mesmo proceder das duas legendas no Acre, a terra natal de Marina Silva (PSB). Fundadora do PT no Estado e ainda mantendo fortes laços com alguns companheiros locais, Marina saiu do primeiro turno como uma das principais lideranças do Estado, carregada. Sobretudo, pela “marola” que a fez crescer e depois recuar nas pesquisas para presidente.

No Acre ela obteve 41,99% dos votos válidos. Em seguida veio Aécio Neves (29,08%) e Dilma Rousseff (27,98%). Uma reversão significativa quando comparado com 2010; naquela eleição a ex-senadora ficou em terceiro lugar. Agora é saber como estes eleitores de Marina vão votar para presidente e governador aqui na nossa floresta.

Dizer que a grande maioria de seus eleitores aqui é anti-PT ou contra Dilma seria desleal. Parte deste eleitorado tem simpatia por ela e pelo modelo petista do Acre. Por sinal, fatia expressiva dos cargos comissionados acomodados na gestão Tião Viana (PT) votou e fez campanha para Marina. Mas o grosso da estrutura governista esteve empenhado no palanque de Dilma.

É pouco provável que o PSB acreano siga o mesmo rumo do nacional de apoiar Aécio. Por estas bandas os socialistas estão comprometidos até o pescoço com o PT e seus confortáveis cargos. A Rede é uma incógnita tanto quanto Marina. Com nenhuma força política não elegeu seus dois candidatos a deputado estadual: o Doutor Julinho que disputava pelo PSB e Francineudo Costa, do PV.

Segundo informações, a Rede se reunirá no sábado para decidir o futuro no segundo turno. Com relação às eleições para o governo local, a tendência é de neutralidade, não declarando apoio nem a Tião nem a Márcio Bittar (PSDB). No nacional, a Rede liberou os filiados a escolher Aécio.

Mesmo assim, nos bastidores, alguns integrantes da Rede mostram simpatia pelo palanque tucano de Bittar. Tal sinal é um descontentamento com as operações realizadas pelo PT para eleger sua bancada na Assembleia Legislativa, enfraquecendo as demais candidaturas.

Esta “vingança”, contudo, não é o suficiente para ameaçar a reeleição do petista Viana.

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