Com a trágica morte de Campos os socialistas acreanos ficaram encrencados ao ver a ascensão de Marina, e sua onda que ganhou corpo no Estado, o que lhe rendeu a vitória nas urnas. Como o PSB iria cair de cabeça na campanha da ex-senadora estando coligado com o PT de Dilma Rousseff?
Até aí tudo bem, as duas siglas encontraram o meio-termo por não haver tantos conflitos de interesse. O problema é agora, com a decisão da executiva nacional de migrar para Aécio Neves (PSDB). Assim como no plano nacional, o segundo turno é polarizado entre PT e PSDB. Rivais históricos, tucanos e petistas colocam no centro da artilharia o PSB.
E o abate do PSB foi interno, sem ser preciso tropas do PT e PSDB dispararem um único tiro. Os militantes socialistas de base, que se autodenominam como os que estão debaixo de sol e chuva defendendo o parido, não estão nada satisfeitos com a decisão da direção regional de abraçar a candidatura de Dilma.
“O PT e a Dilma passaram o primeiro turno destruindo a nossa candidata [Marina], inventando absurdos numa luta desigual e agora vou ser obrigado a fazer campanha pra ela? Eu não farei isso, meu candidato é o Aécio, vou seguir a orientação nacional”, diz José James, coordenador sindical do PSB e vice-presidente da CTB, central ligada ao partido.
Segundo James, vários são os filiados do PSB que também adotarão Aécio Neves no Acre por descordarem do apoio a Dilma. Para ele, a direção partidária tomou uma decisão restrita a um pequeno grupo, sem levar em consideração e vontade da grande maioria. Ou seja, a velha política tão criticada por Marina prevaleceu como nunca em sua atual legenda nas bandas do seringal Bagaço.
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