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sábado, 4 de outubro de 2014

Maioria ou minoria?

No Acre, oposição (ou situação) terá maioria no Senado a partir de 2015 

Pela primeira vez, desde 1999, quando Jorge Viana (PT) assumiu o Palácio Rio Branco e deu início aos sucessivos mandatos da Frente Popular, o PT pode começar um novo governo tendo apenas um senador na base de apoio: justamente o hoje senador Jorge Viana, o único sobrevivente em todo este processo de desgaste do petismo e do Vianismo. (o que será tema de um novo artigo depois). 

A partir de 2015 a maioria no Senado pode ser da oposição ou da situação. Como assim? Primeiro é preciso combinar com o eleitor para saber se Tião Viana (PT) obterá a reeleição. Pesquisas no Acre são motivo de chacota. Toda vez que pergunto a alguém sobre a disputa para o governo me respondem: impossível o Tião perder. 

A mesma coisa ouvia durante 2010, quando Ibope apontava o petista com quase 60% das intenções de voto; deu no que deu. Por isso, pra mim, não há nenhum favorito nas eleições deste domingo. Por isso o PT pode ter a oposição de Sérgio Petecão (PSD) e Gladson Cameli (PP), ou o PT pode ser oposição ao governo de Márcio Bittar (PSDB) ou Tião Bocalom (DEM). 

O favoritismo está nas mãos (ou dedos) dos eleitores. Garantias mesmo só do “riquinho” Gladson Cameli (PP), que se aproveitou muito bem da desastrada campanha de Perpétua Almeida (PCdoB). 

Tentar desqualificar Cameli como o “riquinho” e o “playboy de Manaus”, cuja eleição o “papai compra”, foi o maior exemplo de burrice e amadorismo político praticado pela Frente Popular. O efeito foi totalmente inverso –quanto mais tocavam neste assunto, mais Cameli crescia nas pesquisas. Se ele quisesse, poderia dispensar o dinheiro do papai, e mesmo assim estaria eleito senador só com seu sorriso Colgate. 

Até em Rio Branco, onde os comunistas definiam como território seguro para Perpétua, o candidato se tornou o xodó dos eleitores. Gladson Cameli terá uma ampla vantagem nos dois maiores colégios: a capital e Cruzeiro do Sul, sua terra natal. E olha que por aqui Perpétua teve como cabo eleitoral o superstar prefeito Marcos Alexandre (PT), apontado pela companheirada como “o cara”. 

Como se viu, nem a suposta popularidade de Alexandre foi capaz de soterrar o carisma de Cameli. Ao prefeito caberá calçar as sandálias da humildade para pedir emendas ao senador Gladson Cameli. Pelas ruas já se fala até em disputa pelo governo em 2018 entre Marcus Alexandre e o progressista –isso, lógico, primeiro contando com a reeleição petista em 2014. 
   

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