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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Preso por corrupção

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil


Brasília – O governo do Peru indicou não ter pressa para decidir se vai conceder o indulto ao ex-presidente peruano Alberto Fujimori (1990-2000), de 74 anos. O primeiro-ministro peruano, Juan Jiménez, disse que não há prazos para definir o tema. Ontem (4) o presidente Ollanta Humala evitou responder a perguntas sobre o assunto.

“[A decisão] terá o tempo que for preciso", disse o primeiro-ministro. "O [governo do] Peru tem muitos assuntos importantes a serem tratados", completou. "Isso vai levar o tempo necessário para determinar se a pessoa está dentro do que estabelecem as normas relativas à clemência humanitária.”

Jimenez disse que o governo vai acompanhar o trabalho do comitê encarregado de analisar os pedidos de indulto encaminhados por vários setores em favor de Fujimori. Todos os pedidos alegam que o estado de saúde do ex-presidente é grave. Fujimori sofre com um câncer de boca e cumpre pena de 25 anos de prisão por crimes de corrupção e contra a humanidade.

O primeiro-ministro acrescentou ainda que a decisão sobre o indulto será técnica e baseada em relatórios médicos sobre o estado de saúde de Fujimori. Segundo informações preliminares, dois oncologistas disseram que Fujimori não é doente terminal nem sofre condições de confinamento na prisão.

Fujimori cumpre pena de prisão por denúncias de corrupção e desvio de recursos públicos. É acusado também por um grupo de mulheres de esterilização forçada e sem consentimento, no período de 1996 a 2000, em diversas cidades peruanas, na região de Cuzco.

Há indicações de que cerca de 300 mil mulheres foram esterilizadas no período, por meio de ações do governo.

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