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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Cameli pra cá e pra lá

Este segundo turno em Rio Branco tem um fato em especial: ambos os candidatos, Marcus Alexandre (PT) e Tião Bocalom (PSDB), têm o apoio direto ou indireto do ex-governador Orleir Cameli, considerado um dos piores governos da história recente do Estado. Presas a este apoio, nenhuma das campanhas pode tocar no assunto. O que está em situação mais “delicada” é o PSDB.

Enquanto o PT atribui ao grupo político dos tucanos a responsabilidade pela “herança maldita” dos governos da década de 1990, o PSDB não pode retrucar por ter em seu palanque o deputado federal Gladson Cameli (PP), sobrinho de Orleir. O PP indicou o vice de Bocalom, o vereador Alysson Bestene.

Hoje o ex-governador, demonizado pelo PT quando na oposição, é um dos principais aliados do Palácio Rio Branco no Vale do Juruá. O vice-governador César Messias é primo de Orleir Cameli. As empreiteiras da família Cameli foram detentoras de alguns lotes na pavimentação da BR-364 entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul.

Mesmo sem poder criticar a aliança do PT com “velhos caciques da oposição”, o PSDB não controla as críticas da militância nas redes sociais, que lembram a ligação entre os petistas e o ex-governador. Já o grupo do PT é mais cauteloso, evitando citar Orleir. O alvo são outros líderes da definida “turma da oposição” no grupo de Bocalom.  

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