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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Todos por um


Muitos querem, mas só um levará o troféu. Esta é a situação na Frente Popular do Acre (FPA) na disputa pelo Senado em 2014. A pouco menos de dois anos das eleições, as movimentações nos bastidores são constantes. Quem acredita ter um pouquinho mais de cacife eleitoral se declara candidato a assumir a cadeira de Tião Viana (PT) no Senado, hoje ocupada pelo suplente Anibal Diniz (PT).

Os embates começam dentro do próprio partido do governo. Três petistas estão de olho no cargo: o próprio Anibal, o ex-prefeito Raimundo Angelim e o deputado federal Sibá Machado. Anibal é visto como o político sem voto, sem nunca ter passado por um teste de fogo nas urnas.

Contra ele também pesa uma falta de carisma com o eleitor. Se carisma e simpatia forem a questão, Angelim e Sibá também ficariam reprovados. A diferença de Angelim é sua alta memória eleitoral após deixar a prefeitura com elevado índice de aprovação. O nome de Sibá é defendido mais pelos setores tradicionais do PT.

Independente das situações desfavoráveis, o PT não está disposto a perder a cadeira do governador Tião Viana, seja para um aliado da FPA ou para a oposição. Para eles, o partido já esteve em situação bem pior, quando elegeu Marcus Alexandre prefeito de Rio Branco quando a oposição liderava disparada.

Os petistas podem enfrentar outro duelo com o PCdoB de Perpétua Almeida. A deputada federal tem afirmado a seus apoiadores que é candidata à senadora.

Em 2012, Perpétua enfrentou um desgastante cabo de guerra com a cúpula petista ao apresentar seu nome como a candidata da FPA à sucessão de Angelim, contra o nome escolhido pelo Palácio Rio Branco, o então diretor do Deracre, Marcus Alexandre.

Perpétua Almeida defende sua candidatura como a mais viável para enfrentar Gladson Cameli (PP), o candidato oposicionista ao Senado. A comunista acredita ter a melhor densidade eleitoral que Anibal ou qualquer outro nome do PT, além de ser este o momento do petismo ceder ao PCdoB espaços mais generosos na “governabilidade”.

O problema é que, além do Senado, o PCdoB também terá condições de pleitear a vaga de vice de Tião Viana. Neste caso o nome mais coado é do marido de Perpétua, o secretário Edvaldo Magalhães (Desenvolvimento e Indústria). Além do PCdoB, PSB e PV também estão de olho em voos mais altos.

O PSB quer viabilizar a candidatura de César Messias para o Senado como forma de evitar a entrega do partido ao senador Sérgio Petecão (PSD). Outro postulante que também já declarou a intenção é o deputado federal Henrique Afonso (PV). O parlamentar evangélico quer ser recompensado por em 2010 ter desistido da candidatura em prol de Edvaldo Magalhães.

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