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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Porta de entrada


Africanos passam a usar Acre como entrada para o Brasil

Governo do Acre diz não ter mais recursos para ajuda humanitária a imigrantes

Depois de se consolidar nos últimos dois anos como rota da entrada para os imigrantes haitianos, o Acre aos poucos vai se transformando na porta da entrada para os africanos. Misturados com os haitianos, eles formam a leva de imigrantes que ocupam a cidade de Brasileia, distante 280 km da capital Rio Branco. Segundo os dados mais recentes, 62 senegaleses estão no Acre à espera de visto de trabalho.

Os nigerianos também descobriram a fronteira do Brasil com a Bolívia e o Peru como rota para a entrada no país. De acordo com Damião Borges, voluntário responsável pelos imigrantes, dois deles também estão no abrigo disponibilizado pelo governo.

Há neste momento em Brasileia 1.310 haitianos. Eles estão num galpão onde antes era a sede social de um time de futebol da cidade. O imóvel pertence ao governo e será aproveitado para a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ao todo o governo do Acre já desembolsou R$ 2,5 milhões com a ajuda humanitária.

Nesta segunda-feira o governador Tião Viana declarou que o Estado não tem mais condições de assumir a ajuda e pediu que o governo federal banque as despesas. Além disso, Viana  apelará para que Brasília intervenha junto aos governos do Peru e do Equador para conter o fluxo de imigrantes.

Segundo o governo do Acre, desde o fim de 2010 mais de quatro mil haitianos já atravessaram a fronteira. O governo, com a ajuda da Polícia Federal, passa a investigar a atuação de quadrilhas de coiotes que alimentam a imigração. Na semana passada a PF prendeu um haitiano suspeito de levar um menor até o Amapá, e de lá, seguir para a Guiana Francesa.

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