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terça-feira, 9 de abril de 2013

Emergência


O governador do Acre, Tião Viana (PT), assinou nesta terça-feira o decreto que institui o estado de emergência social. A medida foi a solução encontrada para chamar a atenção do governo federal ao problema do fluxo crescente de imigrantes haitianos que diariamente atravessam a fronteira do Brasil com a Bolívia e o Peru.

Nos últimos 15 dias, ao menos 1,7 mil haitianos entraram no Acre. Eles estão num abrigo provisório mantido pelo governo acriano na cidade de Brasileia, distante 280 km de Rio Branco. Desde o fim de 2010, mais de cinco mil haitianos passaram pelo Acre. Nos últimos meses, a entrada de africanos também passou a ser observada no contingente de imigrantes. Há, hoje, em Brasileia, 62 senegaleses e dois nigerianos.

"Temos uma nova rota internacional de imigração que pode se configurar inclusive como tráfico de pessoas e precisamos de uma solução para isso, pois fechar as fronteiras é uma questão muito delicada e complexa, que precisa ser vista com muita cautela", afirmou o governador em entrevista coletiva.

Tião Viana criticou a falta de ação do Ministério das Relações Exteriores no caso. Segundo ele, vários foram os pedidos de ajuda ao ministro Antônio Patriota, mas, até o momento, o problema persiste. Para o governador, o ministério está sendo "insensível".

"O decreto é o reconhecimento formal da gravidade da situação, da nossa incapacidade de resolver sozinhos e a solicitação de maior apoio, declarou. Desde 2010 o Acre já desembolsou R$ 2,5 milhões. Com o envio de mais R$ 650 mil pelo governo federal, a ajuda humanitária supera os R$ 3 milhões. 

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