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sábado, 6 de abril de 2013

Sem querer querendo


O Acre agora se vê às voltas com um abacaxi sem tamanho: a imigração de haitianos que a cada ano toma mais força. Se a ZPE não sair do papel, pelo menos uma indústria o Acre terá: a da imigração. Meio que sem querer querendo o Estado alimentou esta indústria. Por aqui os imigrantes encontraram toda a acolhida possível: hospedagem, alimentação e tratamento médico.

Qual outro Estado ofereceria este acolhimento a imigrantes irregulares? Nenhum. O vizinho Amazonas foi mais duro e fez vista grossa com o problema. Por lá a quantidade de haitianos não se compara com o Acre. Não estou aqui condenando o governo Tião Viana pela ajuda humanitária a estas pessoas. Agiu corretamente não deixando seres humanos ao relento pelas cidades do Estado.

Mas agora é momento de estancar esta entrada. Ou o governo toma providências sérias de contenção dos imigrantes na fronteira ou as organizações criminosas de tráfico de pessoas vão se estruturar por aqui. Não há expectativa para que este fluxo se reduza, muito pelo contrário. Quanto mais haitianos aqui entrarem e conseguirem um emprego, mais vão continuar a chegar.

Brasília e Rio Branco precisam despertar para esta problemática. A solução de curto prazo é partir para o radicalismo e fechar a fronteira. Não permitir a entrada de mais ninguém. Os que aqui estão é encontrar emprego e estabilidade. Outra medida é o Brasil pressionar organismos internacionais para auxiliar o mais rápido o Haiti para sua reconstrução.

Recuperar a economia do país caribenho e oferecer emprego e renda ao seu povo será a única forma de conter a imigração. Se tais providências não forem tomadas, continuarem a enxugar gelo e tampar o sol com a peneira. 

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