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quarta-feira, 24 de abril de 2013

A ONG petista

Dep. André Vargas, do PT: O Acre parece uma ONG
Com O Globo

Em entrevista ao jornal “O Globo”, o vice presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR) disse que o Acre está parecendo uma ONG. A crítica dele acendeu a crise dentro do PT após o senador Jorge Viana, apoiado pelo líder do partido no Senado, Wellington Dias (PI) sair em defesa de Maria Silva (Rede) ao defender que o projeto de lei que restringe a criação de partidos tenha validade somente após 2014.  

 “Aquele Estado (Acre) está parecendo uma ONG.  A Dilma levou uma surra lá (em 2010) por causa desse charminho dele [Jorge Viana]”, disse o deputado do PT."

“O partido tem que ter uma posição unificada, respeitar a posição da maioria. Tem que expulsar o Jorge Viana e trocar o líder.”

O Palácio do Planalto ficou atônito com a postura de Jorge Viana e Wellington Dias. A restrição a novos partidos é vista como uma forma de inviabilizar a candidatura presidencial da ex-senadora Marina Silva, que está viajando o país em busca de apoio para fundar sua legenda, a Rede Sustentabilidade.

 Ontem, Marina desembarcou no Senado para lançar um movimento suprapartidário contra a medida, com o apoio de líderes e integrantes de PSB, PSDB, PDT, PSOL e até do PMDB. A tendência é que o Senado comece a debater o projeto esta semana, já que a Câmara concluiu nesta terça-feira sua votação.

  Os deputados federais derrubaram as propostas que defendiam que as novas regras só vigorassem após as eleições de 2014. Em visita ao Senado, o vice-presidente da República e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, defendeu a redução do número de partidos no país.

 Wellington Dias negou que tenha recuado e disse que foi mal interpretado. Como justificativa pelo fechamento de questão, afirmou que o PT tem posição histórica a favor da fidelidade partidária. Antes da reunião da bancada, ele foi procurado pelo presidente do PT, Rui Falcão.

 Já Viana, que não estava presente na reunião da bancada, foi atenuando sua posição ao longo do dia. No início da tarde, após o encontro dos petistas, ele se mostrou irritado:

“Tenho minhas posições pessoais, tenho coerência e história. Nem sempre o que se vota aqui é por ordem de alguém. Temos que mudar a legislação eleitoral para todos, e não com o jogo andando, e para alguns”, disse o senador.

 Horas depois, parecia mais conformado. Disse que conversaria com o partido para ver a possibilidade de ser liberado para apresentar a emenda:

“Parece que a bancada levou em conta a fidelidade partidária, então minha posição pesa menos. Vou ver se me liberam, nunca fui um rebelde.”

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