Trabalhadores das hidrelétricas do Madeira fazem greve por reajuste salarial
Do Rondôniagora
Ao menos 25 mil trabalhadores das usinas hidrelétricas do Madeira entraram em greve geral nesta terça-feira. Os operários pedem 18% de reajuste sobre seus vencimentos brutos e a elevação dos valores da cesta básica, dos atuais R$ 270,00 para R$ 400,00. As negociações são parte do acordo coletivo de trabalho 2013/2014, com vigência a partir de 1º de maio de 2013 e foram iniciadas 60 dias antes do vencimento da data-base.
Os consórcios Energia Sustentável do Brasil (Jirau) e Santo Antônio Energia acenaram com aumento de 10% e elevação da cesta básica para R$ 310. Em assembleia, os funcionários das construtoras Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrz, Suez Energy, Eletrosul, Chesf e do Grupo Industrial do Complexo Madeira rejeitaram a contraproposta.
“Não haverá acordo com esses números apresentados pelas empresas. Vamos aguardar que os patrões nos chamem para nova negociação”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil, Raimundo Soares. O comunicado de greve será levado pelo sindicato aos funcionários da noite. Muitos trabalhadores tomaram carona nos veículos das empresas em direção a Porto velho (20 km desde Santo Antônio e 119 km desde a usina de Jirau).
Em nota, o Consórcio Construtor Santo Antônio diz confiar em entendimentos rápidos para a retomada imediata das obras. “Cumprimos rigorosamente a legislação trabalhista em vigor. Todas as propostas levadas pelo Sindicato para a aprovação dos trabalhadores foram concebidas após longo processo de negociação com o Sindicato, a fim de evitar greves”, diz a nota.
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