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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Oferta e troca

A tão propalada candidatura única ao governo dos partidos de oposição pode ser definida em uma costura simples: a oferta da primeira suplência da chapa do Senado ao PSD de Sérgio Petecão, pré-candidato ao Palácio Rio Branco. Com a já quase definida candidatura de Gladson Cameli (PP) ao Senado, o PSD indicaria o primeiro suplente para que o nome de Márcio Bittar (PSDB) se consolide como o único ao governo.

Esta será uma das propostas a ser discutida em reunião no próximo dia 15 entre todos os partidos. O PMDB tomou a dianteira de liderar as conversas em busca do consenso. Por não ter candidato natural ao cargo e ainda ser uma das principais forças políticas, a legenda quer ser o campo neutro das negociações entre as candidaturas postas: Bittar e Petecão.

A suplência foi ofertada ao ex-deputado federal Alércio Dias, hoje um dos principais conselheiros políticos do senador Petecão. A 17 meses das eleições de 2014, os oposicionistas trabalham pela construção da candidatura única e evitar ranhuras entre os aliados de Bittar e Petecão.

A tese da candidatura única é defendida após o bom resultado de 2010 e a derrota em 2012. Com todos os partidos no mesmo palanque na última eleição geral, a derrota para o PT ocorreu por pouco mais de cinco mil votos, mas vencendo em Rio Branco. Dividia no primeiro turno ano passado, os opositores chegaram em desvantagem no segundo, porém sem força para virar o resultado.

Os líderes veem este resultado como uma lição para mostrar que a divisão de candidaturas beneficiaria somente os governistas, que sempre saem com um único nome e em vantagem pela estrutura da máquina. Para eles, ou os partidos saem todos unidos ou 2014 entrará para a galeria dos fracassos.

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