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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Lado frágil

Ocupando a última posição na mais recente pesquisa de intenção de voto, o senador Aníbal Diniz (PT) tem visto aumentar seu número de adversários dentro da Frente Popular pelo direito de ser o nome da coligação na disputa pelo Senado em 2014.

De acordo com a pesquisa Delta realizada em junho, Aníbal teria 6% da preferência dos eleitores caso as eleições fossem hoje, contra 49% da aliada Perpétua Almeida (PCdoB).

Além da alta popularidade da deputada comunista, Aníbal –que pode pela primeira vez disputar uma eleição majoritária – ganhou como concorrente o deputado e líder evangélico Henrique Afonso (PV), aliado de Marco Feliciano (PSC-SP) na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

Para garantir a competitividade de Aníbal nas “prévias” da Frente Popular, o PT tem investido em seu nome. A primeira medida foi oficializá-lo como o “candidato natural” do partido.

Dentro do PT reina o consenso de que o ocupante da cadeira seja o candidato, caso haja as condições legais para isso, sendo a questão política deixada para depois.  Aníbal tem possíveis concorrentes dentro do próprio PT, incluindo o ex-prefeito Raimundo Angelim e o deputado federal Sibá Machado.

Mesmo em desvantagem nas pesquisas, o PT acredita na possibilidade de crescimento de Aníbal. Militante petista histórico e um dos organizadores da fundação no Acre, Aníbal assumiu o Senado no fim de 2010 após a renúncia de Tião Viana para tomar posse como governador.

Uma das estratégias para alavancar Aníbal é colá-lo à imagem das principais lideranças do PT, como Tião Viana e seu colega de Casa, Jorge Viana. Neste recesso parlamentar Aníbal acompanhou Tião nas principais agendas do governo, sempre aparecendo nas principais imagens.

O bom mandato dele no Senado também é outro fator de peso. Em 2011 ele ficou entre os 10 melhores senadores do país em ranking elaborado pela revista “Veja”.

O que mais preocupa o PT é Perpétua Almeida. Sua ampla vantagem nas pesquisas a um ano das eleições faz os comunistas exigirem do PT a bola da vez na disputa majoritária. Este também era o cenário de 2012, mas os petistas optaram por não dar o braço a torcer e investiram em Marcus Alexandre.

Cogita-se até a possibilidade de duas candidaturas ao Senado pelo governo para se evitar mais desgaste na conturbada relação PT e PCdoB.

Diante do nanico PV, o partido do governador não vê muita resistência. Em 2010 PV e Afonso também brigaram pela cadeira, mas foram vencidos.

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