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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Tribunal comprometido

Desembargadora coloca sob suspeição seus colegas de toga 

Em sessão desta quarta do Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Acre, a desembargadora Denise Castelo Bonfim colocou pelo menos metade de seus colegas de Corte sob suspeição para o julgamento dos processos da Operação G7. Relatora do caso, ela também deixou sob suspeição o próprio presidente do tribunal, desembargador Roberto Barros.

Ex-procurador do Estado e indicado pelo governador Tião Viana, Barros estaria impedido por parente de sua mulher estar entre os presos pela Polícia Federal no dia 10 de maio.

Ao defender o impedimento dos colegas de toga, Denise Bonfim chegou a afirmar que poderia recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ambos presididos pelo ministro Joaquim Barbosa.

O pleno julgaria nesta quarta os agravos regimentais pela revogação das decretações de prisão expedidas por Denise. Dos 10 desembargadores, metade, segundo alegações de Denise, está sob suspeição.

Um deles é Waldirene Cordeiro, ex-promotora e mulher do secretário Mâncio Lima Cordeiro (Fazenda). Ele é um dos citados nas investigações da Polícia Federal, tendo sido convocado a prestar esclarecimentos. Além disso, o filho do casal atua como advogado de um dos presos na G7.

A desembargadora Eva Evangelista também fica barrada por sua filha, Gilcely Evangelista, ser promotora e estar escalada para analisar o relatório da PF. O casal de desembargadores Regina e Adair Longuini por conta da relação familiar tem a atuação no caso barrada pelo regimento.

Já o desembargador Francisco Djalma, atuaou na G7 como juiz na fase inicial do processo e agora está fora. Como são necessários dois terços da Corte para este tipo de julgamento, não há quórum suficiente e ele pode ser remetido para tribunais superiores. Com isso, os pesos da G7 vão passar mais um fim de semana na Papudinha.    

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