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sexta-feira, 24 de maio de 2013

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G7: PF usou escutas telefônicas por 135 dias para investigar suspeitos 

A Operação G7 necessitou de 600 dias para ser concluída. Ele teve início em setembro de 2011 foi e desencadeada no último dia 10 de maio, quando 34 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e outros 15 de prisão.

Deste total, 135 dias foram dedicados às escutas telefônicas que identificaram os acordos firmados pelas empresas do grupo que, de acordo com a polícia, se reunia em cartel para fraudar as licitações de obras do governo.

Apesar deste volumoso número de dias de interceptações, o delegado Maurício Moscardi, da Divisão de Combate ao Crime Organizado, afirma que elas não são a principal prova contra os acusados.

Ele afirma que antes das escutas autorizadas pela Justiça, a PF já tinha como base laudos técnicos e perícias que comprovavam as fraudes nas licitações do Ruas do Povo.

Uma destas fraudes, diz o delegado, seriam licitações em duplicidade. Um mesmo conjunto de ruas que já tinha sido “beneficiado” pelo programa federal Calha Norte, foi novamente atendido pelo Ruas do Povo.
Sobre a alegação do governo de que a polícia desconhece as diferentes etapas do programa estadual, Moscardi diz que os peritos levaram em consideração todos os processos de construção das ruas.

Além disso, assegura que toda a investigação foi acompanhada por peritos de Brasília especialistas na área, que atuaram para detectar possíveis falhas e apontar correções durante as investigações.

Maurício Moscardi descartou qualquer vinculo da G7 com questões políticas. “A Polícia Federal é uma polícia republicana, nós não temos partido, nosso dever é agir em defesa dos interesses da sociedade, não de grupos”, pondera. Sobre o governador Tião Viana (PT), o delegado ressalta que ele nunca foi alvo das investigações.

Para ele, o respaldo da G7 foi assegurada a partir do momento em que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a prisão dos 14 acusados de fraudes em licitações do Ruas do Povo.

O delegado diz que o relatório final da operação será entregue à desembargadora Denise Bonfim no dia 27, sendo que mais seis pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal; todos empresários, não tendo mais gestores públicos.


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