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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Dinheiro do Povo


Quadrilha do G7 já mirava a Cidade do Povo 

Carlos Sasai, presidente da Fieac e preso pela PF
Os empresários da construção civil presos pela Polícia Federal na Operação G7 já estavam se articulando para abocanhar as licitações da Cidade do Povo, programa habitacional do governo que prevê a construção de 10 mil casas orçadas em R$ 1 bilhão. Pelo menos esta foi a informação repassada pelo superintendente da Polícia Federal, Marcelo Salvio Rezende, ao ser questionado por este jornalista.

De acordo com ele, as interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça mostram que a quadrilha mostrava interesse pela Cidade do Povo. Segundo ele, o interesse especial dos empresários estava nos pacotes de obas do governo.

Prova deste interesse do G7 pela Cidade do Povo está nesta matéria (Cidade do Povo: governo e empresários se unem para tornar o sonho realidade) produzida pela Agência de Notícias do Acre, enaltecendo a parceria público-privada Nela, o presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), Carlos Sasai, enaltece a parceria do Estado com o setor privado na construção do empreendimento.  

Após os 15 mandados de prisão cumpridos na manhã desta sexta-feira em Rio Branco (AC), a Polícia Federal no Acre informou que as empresas envolvidas no esquema de desvio de dinheiro público se autointitulava G-7, o que motivou o batismo da operação policial de G-7.

Segundo o superintendente da PF no Acre, Marcelo Salvio Rezende, o grupo se revezava no ganho das licitações para obras executadas pelo governo estadual. De acordo com ele, o esquema pretendia até ampliar o número de empresas envolvidas, chegando até a G-8 ou G-9.

Os presos serão indiciados por desvio de verbas públicas, crime contra a ordem econômica por formação de cartel, falsificação de documentos, peculato, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.

A polícia afirma que o governo chegou a pagar por serviços não executados pelas empresas. Uma das atuações da quadrilha era o programa “Ruas do Povo”, de pavimentação de ruas nos 22 municípios acrianos. O programa era capitaneado pelo diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa), Gildo César, preso pela PF.


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