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quarta-feira, 1 de abril de 2015

Ressaca pós-eleitoral

Seguindo a tendência de queda de receita do governo federal e das prefeituras, o governo Tião Viana (PT) sentiu nestes dois primeiros meses do ano o reflexo da crise financeira. Quando comparado com igual período do ano passado, vê-se que o Palácio Rio Branco conta com menos recursos em caixa, o que explica a política de contenção de gastos com redução na contratação de cargos comissionados e outras despesas.

Conforme levantamento de Contilnet junto ao Balanço Orçamentário do Estado, o governo saiu de uma receita corrente de 22% no primeiro bimestres de 2014 para 17% neste início de segundo mandato. O governo perdeu mais de R$ 126 milhões de recursos em seu caixa. Parte expressiva desta queda se deve à redução das transferências federais.

Com a União tendo que fazer malabarismos para evitar rombos em suas contas, Estados e municípios também perdem. Na semana passada o governador Tião Viana esteve em Brasília com sua secretária de Fazenda, Flora Valadares, numa peregrinação em busca de verbas para o Estado, por conta dos meses de vaca magra.

O fator que aliviou e evitou maiores prejuízos foi o aumento na arrecadação própria de impostos; um leve crescimento na casa dos 2%. O total de tributos captados saiu de R$ 148 milhões entre janeiro e fevereiro do ano passado para R$ 186 milhões agora. Mas nada que levasse o governo Tião a reduzir suas ações de investimentos.

De uma projeção em 2014 (ano eleitoral) de R$ 1,1 bilhão, ela caiu para R$ 916 milhões neste pós-ressaca de conquista da reeleição. Enquanto que no início do ano passado o total investido pelo governo chegou a 12%, desta vez o percentual foi de 2,6%.

Apesar dos resultados ruins, o governo ainda não apresenta déficits, conseguindo fechar o primeiro bimestre com saldo em suas contas. Até o fim do ano a projeção é trabalhar no limite do equilíbrio entre receitas e despesas.

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