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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Quem quer um cargo público?


Mesmo com o Brasil e o Acre enfrentando um cenário de crise financeira, com as contas públicas cada vez mais em dificuldades, o governo Tião Viana parece dar de ombros para a situação. O “Diário Oficial” do Estado, na edição desta quinta-feira (30), traz uma nova enxurrada de nomeações de cargos políticos na estrutura de várias secretarias.

As acomodações parecem ser um aceno do Palácio Rio Branco ao reclame dos partidos aliados por mais espaço. Desde o começo do ano os dirigentes dos chamados “partidos nanicos” reclamam de desprestígio por parte da Casa Civil, e vêm exigindo a acomodação de seus militantes.

Após muita pressão e ameaças de rompimento, o governo cedeu para evitar rebeliões, comprometendo até mesmo a campanha de reeleição do prefeito Marcus Alexandre (PT) em 2016. Entre as secretarias usadas como abrigo estão a de Planejamento, Desenvolvimento Social (SEDS) e Produção Familiar (Seaprof). Foram ao menos 50 novos cargos políticos ocupados nesta leva de decretos.

No primeiro bimestre de 2015 o Estado teve uma perda de receita de R$ 126 milhões, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Enquanto governos estaduais caminham no sentido da austeridade fiscal, buscando medidas (algumas impopulares) de contenção de gastos e redução no tamanho da máquina, a gestão de Tião Viana vem caminhando para colocar em risco o equilíbrio das contas públicas.

No começo de abril, o senador Jorge Viana (PT) chegou a defender cautela e economia neste momento de crise –declarações que causaram desconforto no governo do irmão. O primeiro exemplo já foi dado pelo prefeito Marcus Alexandre, que prevê uma economia global de 20% nos gastos até o final do ano. Até o momento, o governo Tião parece estar com o pé fora da realidade, vivendo num mundo bem longe do nosso cotidiano.

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