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sábado, 2 de maio de 2015

O “New Deal” de Tião falhou

A análise dos últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), levantados pelo Ministério do Trabalho, sobre o comportamento do emprego no Acre é um verdadeiro desalento para a nossa sociedade. A cada ano e mês os números são os piores possíveis. O nível de crescimento ou retração na contratação de pessoal é o melhor indicador para avaliar como está a nossa economia.

E o que temos visto até aqui é fácil tirar a conclusão de que continuamos sempre em dias com nosso atraso, numa economia subdesenvolvida e sem perspectivas, a curto e médio prazos, de melhorias. Os resultados negativos da pesquisa nos faz suscitar a seguinte pergunta: Para onde estão indo os milhões de reais gastos pelo governo Tião Viana em suas políticas de desenvolvimento?

Desde 2011 estamos sendo bombardeados por uma eficiente máquina publicitária que nos faz acreditar sermos, daqui mais algum tempo, a economia número um do planeta, superando os Estados Unidos.

As promessas giram em torno de um tal projeto de piscicultura –tornando-nos a potência no beneficiamento da carne de peixe de água doce -, a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e, o mais recente, o primeiro call-center do Estado (Cuja inauguração terá a presença de nosso presidente Evo Morales).


Enquanto o governo tenta nos convencer de que moramos no “Eldorado” do século 21, o Ministério do Trabalho diz que tivemos os quatro piores últimos anos na geração de emprego. Os principais setores não conseguem se desenvolver; mais demitem do que contratam. A economia do contracheque não se mostra eficiente para nos tirar de nosso atraso econômico e social.

O “New Deal” de Tião Viana vem se mostrando um fracasso na prática, mas um sucesso no encantado mundo da fantasia palaciana. O problema está na forma atabalhoada com que este governo executa suas políticas: sem planejamento e estratégias, preferindo o imediatismo e a mídia.

Tião Viana assumiu o governo após quase ver o projeto de desenvolvimento sustentável do PT derrotado para um “produzir para empregar” apregoado por tucanos (leia Tião Bocalom). Por isso a necessidade de tentar investir pesado no setor rural, desfazendo-se da pecha do ambientalismo radical que trava a produção no campo.

Mas estas e outras ações não foram executadas pensando em efeitos concretos para gerações próximas, mas de olho na eleição de 2014. O resultado disso não poderia ser outro senão estes números deploráveis do Caged. Há perspectivas de mudança? Não creio muito, pois o maior objetivo foi alcançado: a reeleição.

Agora é quem estar no Poder fingir que se governa; a nós, reles-mortais, é nos conformamos e acreditarmos de vez na propaganda oficial.    

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