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segunda-feira, 4 de maio de 2015

A união socialista acreana

Em meio ao noticiário político nacional voltado para a crise do petrolão, os socialistas do PSB e do PPS se preparam para a fusão dos partidos ainda neste semestre. Com bandeiras ideológicas semelhantes, as duas legendas querem unir forças para atrair uma classe intelectual esquerdista insatisfeita com o PT  (mergulhado no poço do descrédito), agrupando uma nova potência partidária no País.

E o primeiro desafio desta união será a candidatura da senadora Marta Suplicy para a prefeitura do maior colégio eleitoral do Brasil: São Paulo. No Acre, esta fusão tem tirado o sono dos dirigentes do PSB e do PPS diante da incógnita sobre quem será quem após esta manobra.

Tanto no PSB como PPS velhos grupos se acomodaram em suas estruturas e definem os rumos das legendas conforme as suas conveniências. Não há dúvidas de que hoje o PSB tem muito mais forças do que o PPS, legenda que ainda sobrevive à sombra de sua principal liderança em um passado recente: o agora tucano Márcio Bittar.

Após sua desfiliação de Bittar do antigo “partidão” e a ida para o PSDB, o PPS acreano ficou praticamente esvaziado. A legenda chegou a ser apontada como o berço da elite intelectual de esquerda da Universidade Federal do Acre (Ufac). Entre as cabeças pensantes estava o professor José Mastrângelo.

Os “populares socialistas” contam com alguns poucos vereadores no interior, e nada mais. Na base do governo, o PSB está bem das pernas. Sua principal liderança é o deputado federal César Messias, símbolo da velha direita acreana dos anos 1990, e bastante combatido pelos agora companheiros do PT.

O PSB é apontado, por sinal, como um possível escape do senador Jorge Viana em caso de desfiliação se o desgaste com o governo Tião Viana e a cúpula petista aumentar no decorrer dos meses. Esta fusão socialista é uma incógnita sobre qual será o posicionamento da nova sigla no Acre: se ficará no governo ou trilhará pela oposição –ou se apresentará como a terceira via, desejo dos dirigentes nacionais.

Somente após julho saberemos como ficará a zona de conforto dos socialistas: tanto os do governo quanto os que sobraram na oposição.

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