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terça-feira, 12 de maio de 2015

O ajuste fiscal –no olho dos outros

A presidente Dilma Rousseff tem colocado em prática desde o início de seu segundo mandato uma série de medidas para tentar amenizar as mazelas criadas por ela mesma no campo econômico. A política macroeconômica desastrada da petista levou o Brasil a cair de cabeça nesta atual crise, enquanto o mundo vai muito bem, obrigado. Toda esta situação acabou por criar um efeito cascata nos governos estaduais e prefeituras.

Para enfrentar a perda de receitas, os ajustes fiscais são uma necessidade para qualquer governante que queira sobreviver a esta turbulência nas contas públicas. Desde janeiro venho criticando o governo Tião Viana por não adotar nenhuma medida de austeridade para o pobre Estado do Acre ter os efeitos da crise amenizado.

E a boa notícia é que enfim o ajuste fiscal do Palácio Rio Branco vai sair; mas quem vai pagar a conta é o setor produtivo e a população em geral. Enquanto Contilnet Notícias anunciava mudanças na cobrança do ICMS –com o governo acochando ainda mais o empresariado já sufocado por uma carga pesada – o “Diário Oficial” de segunda (11) trazia mais uma penca de nomeações de cargos políticos.

Aumentar impostos e melhorar a eficiência na arrecadação é sempre a primeira medida em qualquer governo para atravessar crises –afinal, o Estado só sobrevive graças ao que tira do bolso do trabalhador. O que o mesmo trabalhador-contribuinte em contrapartida espera é que este mesmo governo também faça seu dever de casa, e dê exemplo nos gastos públicos.

Como diz o dito popular, pimenta no “olho” dos outros é refresco...

Infelizmente não temos visto até o momento nenhuma iniciativa do governo Tião Viana para reduzir seu tamanho. Muito pelo contrário; para o Palácio Rio Branco, não há nada de anormal acontecendo no País. A máquina está inchada –sempre inflando – e as receitas vêm caindo. Ao invés de realizar cortes, o melhor é penalizar o cidadão.

Muito se engana quem acha que colocar a faca no pescoço do empresário prejudica só a “elite branca”. Com impostos mais altos, o empresário vai ter que aumentar o preço de seus produtos. Adivinha quem paga? Sufocado por uma carga tributária estadual acachapante ele também precisará fazer o seu ajuste, e uma das primeiras medidas são as demissões. Quem paga a conta? 

No meio disso tudo o governo continuará na sua zona de conforto, mantendo seus apadrinhados muito bem acomodados (alguns recebendo sem trabalhar), seus luxos palacianos, e o trabalhador comum sendo penalizado com serviços públicos precários (pois a prioridade será a folha de pagamento), pagando por bens mais caros e o empresariado de malas prontas para outros Estados.  

E assim caminha a humanidade acreana!
 

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