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sábado, 16 de maio de 2015

Os rombos de Marcus Alexandre

A situação em Rio Branco está tão trágica que da tragédia partimos para a comédia –nem tão divina. Prova disso é a fanpage “Buracos de Rio Branco”, a atual mania entre os internautas da capital. Alguns motoristas já pretendem escrever na traseira dos veículos: “Atenção, posso parar no próximo buraco”. A capital do Acre está como que uma cidade abandonada do Velho Oeste Americano, jogada à sorte; na verdade Rio Branco está um rombo só, e não somente nas ruas, mas sobretudo em suas finanças.

Apesar de lamentar pela morte da infraestrutura da cidade, o prefeito Marcus Alexandre (PT) é o único e exclusivo responsável por este caos. Culpar somente a grande cheia de fevereiro é casuísmo. O rio Acre não atingiu bairros como Alto Alegre, Conquista, Izaura Parente, Nova Estação; todos eles localizados bem longe das margens do manancial.

Rio Branco está destruída pela incompetência da gestão petista de Marcus Alexandre. De fato a prefeitura enfrenta uma séria crise financeira, os recursos são escassos e o gasto com a folha de pagamento torra grande parte da verba, enquanto os investimentos em infraestrutura só despencaram nos últimos anos.

Da herança bendita deixada por Raimundo Angelim (PT), Marcus Alexandre está destruindo tudo. A prefeitura gasta mais do que arrecada. O ex-diretor do Deracre foi vendido para o eleitor na campanha eleitoral de 2012 como o novo e o técnico competente que iria fazer uma revolução na prefeitura.

E a faz: criou mais quatro secretarias para abrigar seus apaniguados e provocou o desequilíbrio nas finanças municipais, depois de oito anos de muita competência e austeridade adotadas por Angelim. Não a toa ele saiu como o deputado federal mais bem votado de 2014, aprovado nas urnas pelos moradores da capital.

A irresponsabilidade fiscal de Marcus Alexandre levou Rio Branco para o buraco –literalmente. Em março emitiu, de forma tímida e sem alarde, um decreto de ajuste fiscal prometendo reduzir gastos; entre as medidas estava a demissão de cargos comissionados, ato este que provocaria o furor dos aliados políticos, colocando em risco sua campanha de reeleição no próximo ano. Até o momento as medidas de austeridade do prefeito caminham a passos de tartaruga.

Enquanto isso, a única opção dos rio-branquenses mesmo é fazer piada com a nossa tragédia diária.

Buraco à frente 
O mais interessante nisso tudo é um fato inusitado ocorrido esta semana na Via Chico Mendes. O Detran ou Rbtrans –sabe-se lá quem – decidiu reforçar a sinalização vertical dando conta da existência de um radar já bem próximo à entrada do Taquari. O problema é que, até chegar ao ponto do pardal, o condutor precisar, antes, cair em 10 crateras ao longo da avenida. Sim, o Acre existe.

Antecipado 
Os petistas acreanos já começam a espalhar pelas redes sociais o convite para a plenária estadual a ser realizada no próximo dia 25. A antecipação, segundo as más línguas, é uma forma de deixar o senador Jorge Viana bem informado, para depois não dizer aos quatro cantos que não foi convidado.

Informações ocultas 
A Lei de Acesso à Informação completa três anos de existência e a Assembleia Legislativa continua a não cumprir nenhum de seus artigos. Um verdadeiro retrocesso em nossa história como Estado Federativo. Garantir a transparência é a melhor forma de se combater a corrupção. Enquanto o Parlamento acreano continuar como uma “caixa-preta”, não saberemos como seu milionário orçamento vem sendo gasto.

Ponte aérea 
A propaganda partidária do PCdoB em que Perpétua Almeida figura como uma das principais estrelas esqueceu de citar o principal: a ex-deputada –assim como todo bom político acreano – já não mora mais por estas bandas da floresta. A camarada está bem acomodada em um cargo no Ministério da Defesa. Sua passagem pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara fez Perpétua construir bons contatos na pasta.

Revoada 
Os tucanos que veem a cada dia o ninho sofrer uma revoada de seus filiados empossa neste sábado sua nova diretoria municipal. Alguns dizem que o partido ficou esfacelado após a terceira derrota majoritária sucessiva, quando o jogador estava de frente para o gol sem goleiro. Nem mesmo o auxiliar direto de Márcio Bittar na campanha para o governo em 2014, João Marcos Luz, suportou continuar no PSDB e se mandou para o PMDB.
     

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