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sábado, 24 de janeiro de 2015

Round 2

Disputa por cargos na Aleac volta a opor tendências petistas 

A queda de braço entre as duas principais tendências do PT, Democracia Radical (DR) e Democracia Socialista (DS), parece nunca encontrar um acordo de cessar-fogo. A mais nova disputa ocorre em torno dos cargos na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Em disputa estão a liderança do governo e do partido na Casa. A expectativa é que o porta-voz do Palácio Rio Branco seja o neófito Daniel Zen, enquanto a liderança petista fique com Jonas Lima, em seu segundo mandato.

Até chegar a este possível pacto, DR e DS tiveram mais um de seus duros embates, marca já registrada no partido. Durante a eleição interna da sigla, em 2013, socos e pontapés foram trocados em plenária realizada no auditório da Seaprof. Desta vez, contudo, não foi preciso jorrar sangue no rosto dos companheiros.

Descontente em ficar de fora do primeiro escalão da gestão Tião Viana, líder maior da DR, a DS pleiteava mais prestígio por conta de sua representatividade interna. A liderança partidária na Aleac pode ser um grande mérito para a tendência. Jonas Lima é visto como persona non grata pela DR.

Sua atuação mais “independente” desagradava até setores do governo. Nos bastidores travava um duelo pessoal com o agora secretário de Relações Institucionais, Francisco Nepomuceno, o Carioca, principal operador político dentro do PT e de toda a Frente Popular. Sua campanha de reeleição sofreu boicotes por parte da cúpula governista.

Segundo fontes, a escolha de Jonas passa pelo crivo do governador Tião Viana. Apontada como a volta do filho pródigo, a indicação de Jonas seria uma forma de contemplar a família Lima, que exerce considerável influência na política do Juruá. Sua escolha não agrada aos setores mais radicais dentro da DR, que tratam os membros da DS com a mesma ferocidade que tucanos.

A DS também galga voos mais altos com a indicação do vereador Marcelo Macedo para a Secretaria de Finanças de Marcus Alexandre. A pasta é uma das mais importantes da capital. A nomeação é uma forma encontrada pelo prefeito de assegurar o apoio de todas as tendências petistas a sua campanha de reeleição, em 2016.

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