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sábado, 17 de janeiro de 2015

Obama e Evo Morales

EUA enviarão comitiva para a terceira posse de Evo Morales 

A posse para o terceiro mandato de Evo Morales para a presidência da Bolívia deve acontecer com a participação de uma comitiva do governo dos Estados Unidos, país com o qual La Paz comprometeu suas relações diplomáticas desde a chegada do líder cocaleiro ao poder, em 2006. A presença norte-americana na solenidade, que ocorrerá na quarta (22), pode representar o retorno da normalidade das relações entre os dois países.

Este reatamento tende a seguir a política de Barack Obama de seu país em se aproximar de antigos desafetos, como o que vem ocorrendo com Cuba. Os americanos têm atenção especial com a Bolívia por ser um dos principais produtores e fornecedores de drogas para seu território.




Até a eleição de Morales, os EUA tinham acordo de cooperação para o combate aos traficantes bolivianos. O presidente esquerdista, porém, acusava os americanos de violarem a soberania da Bolívia. Morales quebrou o acordo e ainda expulsou o embaixador americano. 

Desde então Washington vem mantendo relações mais apáticas com a Bolívia, não chegando ao rompimento definitivo. O país manteve sua embaixada em La Paz. O envio da comitiva de funcionários da Casa Branca para prestigiar a recondução de Morales tende abrir o caminho para um novo diálogo. 

Ao contrário das posses de Dilma Rousseff e Michele Bachelet no Chile, esta comitiva na Bolívia não será chefiada pelo vice-presidente Joe Biden. Mas, segundo o jornal “El Deber”, um possível encontro entre Evo Morales e Barack Obama já estaria sendo negociado entre os dois governos. 

Este realinhamento boliviano se dá por uma questão de necessidade. Com seu principal parceiro no aporte de recursos, a Venezuela, em crise, La Paz se vê obrigado a buscar investimentos da maior economia do mundo. A China, de olho em expandir sua influência na América Latina, enviará um de seus ministros para a solenidade. 

A presidente Dilma Rousseff confirmou presença, numa retribuição a ida de Morales em sua posse no primeiro dia do ano em Brasília.   


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