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sábado, 31 de janeiro de 2015

Brigas petistas

Jorge Viana e José Pimentel brigam por disputa de vice do Senado 

Os senadores petistas Jorge Viana (AC) e José Pimentel (CE) estão na briga direta dentro da bancada do PT para a indicação de vice-presidente do Senado na chapa do candidato à reeleição, Renan Calheiros (PMDB-AL). Segundo o blog apurou, a disputa está acirrada na busca pelos votos dos 13 senadores do PT. O cargo de vice é de indicação do partido por ter a segunda maior bancada.

Jorge Viana é o atual vice-presidente, assumindo a cadeira após a saída da então titular Marta Suplicy (PT-SP), para assumir o Ministério da Cultura. Mesmo sendo um cargo sem poderes de influência nas decisões da Casa, o vice ganha mais visibilidade e prestígio, na ausência do dono da cadeira. Ele tem a preferência em presidir as sessões quando o presidente não se encontra, ou representa-lo em eventos no exterior.

Ocupar um cargo na Mesa para Jorge Viana neste momento seria uma questão de sobrevivência. Além de mostrar prestígio dentro da bancada petista, ele assegura mais forças para uma eventual briga pela reeleição ao Senado em 2018, ante a possibilidade do irmão, o governador Tião Viana, também entrar na disputa.

Segundo fontes, Jorge Viana estaria encontrando dificuldades para conseguir a indicação, além de não conseguir os votos necessários na votação em plenário. O desempenho pífio da candidata Dilma Rousseff no Acre, cuja campanha foi coordenada por Jorge, também fragiliza o senador.

Em contrapartida, Pimentel viu Dilma disparar no Ceará, além do partido vencer as eleições para o governo estadual. José Pimentel é o atual líder do governo no Congresso. A perspectiva é que até o fim deste sábado o nome do PT para vice de Renan seja definido.  


Coerência 
Coerente a postura do senador Gladson Cameli (PP-AC) em apoiar a candidatura de Luiz Henrique (PMDB-SC), candidatura esta patrocinada pelo ex-presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG). Cameli mantém sua postura de candidato eleito pela oposição, além de se desvencilhar das velhas reposas da política brasileira representada por Renan Calheiros (PMDB-AL). Como nova liderança, ficaria muito ruim aparecer como cabo eleitoral do “renanismo”.

Cabeça pensante 
O senador Sérgio Petecão (PSD-AC), unha e carne de Renan Calheiros, está brigando por um cargo na nova Mesa Diretora. Além da boa relação com o cacique alagoano, seu partido ganhou forças na última eleição. Petecão ainda tem o apoio do ministro Gilberto Kassab (Cidades) para ocupar uma função dentro da Mesa. Sua indicação seria um claro sinal da influência com os detentores de poder no Senado, mesmo com um mandato que ainda precisa mostrar para quê veio.

CPIs 
O tucano Wherles Rocha já está fazendo barulho pela Câmara. Nem ainda assumiu o cargo e na sexta já tinha assinado o pedido de duas CPIs: uma para apurar irregularidades na gestão dos fundos de pensão, sobretudo da Petrobras, a Petros. Outra CPI é a do “petrõlão”, dando continuidade às investigações pelo Congresso sobre este que é o maior escândalo de corrupção na Petrobras.


Apagão 
Wherles Rocha (PSDB) participou esta semana com a bancada tucana de palestras sobre o sistema elétrico nacional. Segundo ele, o problema é grave. Enquanto no governo FHC o racionamento começou com os reservatórios em 34%, o sistema agora se encontra em 16%, e nada do governo Dilma reconhecer a gravidade da situação, e decretando a redução no consumo de energia. Ao contrário, prefere dizer que está tudo sob controle, fingindo que não há problemas. Logo, logo mais apagões acontecerão.

Sucessão 
Falando em Rocha, a perspectiva é que em abril ele assuma a presidência do PSDB no Acre. Os “bittanistas”, porém, querem uma transição lenta, gradual e segura. Eles reconhecem a legitimidade do deputado assumir o cargo, mas querem uma correlação de forças onde ambos os lados estejam devidamente agraciados. Será uma transição interessante a ser acompanhada.

Líder e líder 
O retrospecto de derrotas dos últimos líderes de Tião Viana na Assembleia Legislativa fez muitos deputados abrirem mão da função. O mais certo seria mesmo Daniel Zen (PT) ser o porta-voz do governador no Parlamento. Sua eleição se deve muito ao empenho do Palácio Rio Branco, e nada mais justo do que agora retribuir, assumindo para si esta batata quente. Sua boa formação política e intelectual, mais a oratória, o gabaritam ao cargo.

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