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quarta-feira, 13 de junho de 2012

A política na floresta e a floresta na política

Nesta semana o Acre completa 50 anos como Estado da República Federativa do Brasil. Foi no dia 15 de junho de 1962, em meio a um momento político conturbado da história brasileira, que era assinada a Lei 4.070 que deixava para trás seis décadas de Acre Território e o nascimento de uma nova era.

Mas afinal, que Acre nós construímos nos últimos 50 anos? O Acre autônomo idealizado pelos baluartes do Movimento Autonomista continua nas ideias. O Acre segue um dos Estados mais pobres do país, com uma das piores distribuições de renda e na escravidão da economia do contracheque, onde o Estado detém todo o poder.

Nestas cinco décadas o mundo evoluiu, o Brasil evoluiu e o Acre parece ainda ter ficado preso a 1962. A velha política dos coronéis de barranco resiste de alguma forma. O público continua sendo transformado no privado. (Vide o caso do prefeito petista preso em flagrante negociando terras da União entre tantas outras imoralidades).

A política no Acre segue no seu pior nível, onde o jogo baixo da rasteira e as falsas promessas jogadas para a plateia ainda se sobrepõem aos princípios mais básicos da democracia.   Mas a boa notícia é que o eleitor acreano hoje é mais maduro, crítico, fiscalizador e não se deixa enganar por promessas megalomaníacas

Outro bom feito foi o surgimento desta ferramenta poderosa: a internet. É verdade que seu alcance no Acre é muito baixo, fruto de políticas econômicas que não resultaram num maior poder aquisitivo pela população –distribuindo renda para quem mais precisa – e a uma educação de qualidade péssima.

Mas aqui estamos nós como “a voz que clama no deserto” neste novo espaço de debate político do Acre. Um espaço mais amplo para o debate dos problemas de nossa sociedade, apontar as falhas e tentar indicar as soluções. Política na Floresta é o mais novo refúgio da sociedade acreana.

Espero contar com a sua ajuda, por meio de críticas e sugestões. Que possamos aqui plantar pequenas sementes para o Acre de nossos sonhos para os próximos 50 anos. 

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