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quinta-feira, 14 de junho de 2012

O trânsito parou na Floresta


Andar de carro ou ônibus em Rio Branco na hora do rush já está algo insuportável. São milhares de veículos em circulação para uma cidade de mobilidade urbana precária, praticamente inexistente. Ruas que até bem pouco tempo serviam como corredores de escape hoje concentram congestionamentos quilométricos. Exemplo disso é a avenida Antônio da Rocha Viana.

Chegamos a este ponto por dois pontos principais: a falta de investimentos em um transporte público de qualidade e na não ampliação das vias, bem como a construção de alternativas.

Temos um serviço de transporte coletivo precário. Quem precisa deste sistema fica minutos e mais minutos à espera de um ônibus que sempre chega abarrotado. As pessoas mais parecem sardinhas espremidas. Ao invés de ampliar a oferta de linhas houve a redução.

Vejamos o exemplo da linha Alto Alegre; Hoje os coletivos dela passam por ao menos cinco bairros diferentes: Alto Alegre, Adalberto Sena, Xavier Maia, Raimundo Melo e Vila Ivonete. Antes existiam as linhas Alto Alegre, Adalberto Sena e Xavier Maia. O resultado desta concentração é a superlotação.

Paga-se R$ 2,40 para andar pendurado na porta e por apenas alguns minutos; ou seja, o sistema de transporte coletivo é ineficiente. Com isso mais e mais pessoas passam a comprar seu próprio meio de transporte para não depender de ônibus. Como conseqüência observamos nossas estreitas ruas num caos.

A única grande obra para o trânsito, a duplicação da Avenida Ceará, já não surte o efeito necessário. A Quarta Ponte pouca utilidade tem, a não ser como rota de salvação em cheia do rio Acre.  O trânsito continua caótico. Para piorar há a péssima sincronização dos semáforos centrais. Sai-se de um sinal verde e a 10 metros o próximo está vermelho.

O problema do trânsito deve estar entre as prioridades a ser debatidas pelos prefeituráveis em 2012. Sair da política baixa em benefício de uma cidade melhor é o que o eleitor rio-branquense espera. A proposição de soluções inteligentes para garantir a mobilidade em Rio Branco deve figurar nos planos de cada candidato.

Rio Branco é uma cidade pequena, e problemas como estas exigem tão somente vontade política do gestor para resolvê-los. Não precisamos importar o estresse da vida urbana de metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. Vamos cortar nossos males pela raiz.

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