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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Oposisômetro


Chamou-me a atenção como o anúncio de Luiz Calixto (PSL) na vice de Fernando Melo (PMDB) foi papagueado pelos patrocinadores da campanha: uma chapa de oposição pura testada e aprovada pelo Inmetro. Oposição ao extremo. O governo que se cuide. Esta é a verdadeira oposição. Nunca antes na história deste Estado o fato de ser oposição foi tão glorioso, garantindo praticamente um passaporte para o Paraíso.

Fiquei a me perguntar: será que no dia 7 de outubro, quando estiver em frente à urna para escolher o novo prefeito de Rio Branco, o eleitor vai pensar três vezes antes de decidir em quem é mais ou menos oposição?

Daqui alguns dias vamos criar no Acre o Oposisômetro para medir o nível de enfrentamento e combate ao Poder.Ao eleitor não interessa a perda de tempo do discurso do quanto pior, melhor. A política é para mudar e não para esculhambar.

Nós estamos falando de uma cidade inundada de problemas e os políticos, ai invés de se vangloriarem por terem um programa de governo capaz de amenizar nosso caos diário, estufam os peitos como a oposição puro-sangue. A foto acima do repórter fotográfico Gabriel De Angelis retrata bem o cotidiano do rio-branquense.

Um esgoto estourado no bairro Vila Nova, próximo ao centro. O esgoto escorrendo pela rua é resultado de uma obra má feita; o objetivo era justamente o de solucionar, acabou complicando. As caixas de esgoto são pequenas de mais e não suportam os dejetos. Enquanto isso, uma candidatura nasce com a garantia de fábrica de ser oposicionista.

Esta é a oposição no Acre. Ficam se matando num jogo de poder enquanto esquecem de sentar à mesa para elaborar um projeto concreto de alternativa ao PT, que tanto eles criticam e atacam. Rio Branco não quer saber se seu futuro prefeito será oposição Made in China ou Made in USA. A capital quer, simplesmente, um prefeito.

A continuar com este discurso pobre e medíocre, a Frente Popular vai virar este jogo e os oposicionistas vão ficar chupando dedo e chorando as lágrimas por ficarem pelo menos mais 10 anos fora do poder. O eleitor é inteligente e exigente; ele estará de olho em tudo isso.  

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