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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Com educação, por favor

O maior sindicato do Estado, dos trabalhadores em educação do Acre (Sinteac), realiza no final do mês a eleição para a escolha da nova diretoria. Com representação nos 22 municípios, o domínio do Sinteac representa bom êxito nos anos eleitorais para o grupo que consegue eleger seu presidente. De olho nesta fatura, o PT trabalha para manter território.

O partido, porém, tende a ir dividido para a disputa. Ao menos dois petistas disputarão a presidência: Rosana Nascimento e Justino Queiroz. Os dois representam as duas tendências da legenda que estão em constante rota de colisão, a Democracia Radical (DR) e a Democracia Socialista (DS).

Nos bastidores, a DR tenta convencer a DS a desistir da candidatura de Justino. A divisão aumentaria as chances do partido perder o Sinteac. Para convencer a DS, os dirigentes da tendência oposta dizem que a derrota petista poderia influenciar na reeleição do governador Tião Viana em 2014.

O temor do grupo dominante, segundo informações, não é tanto a ascensão da oposição no sindicato, mas a vitória do PCdoB, o que deixaria os camaradas fortalecidos nas disputas internas da Frente Popular pelas candidaturas do próximo ano, em especial o Senado.

Mesmo com esta perspectiva, a Democracia Socialista não tem sinalizado a intenção de desistir do nome de Justino. O apoio ao professor seria um desafio ao amplo domínio da Democracia Radical em todas as instâncias do PT, incluindo a ala sindical.

Pela oposição, os professores se reúnem em torno do nome de Waldir França. O objetivo do grupo – que aglutina dissidentes petistas – é obter o apoio da categoria que saiu insatisfeita com o resultado da greve de 36 dias. É em torno desta insatisfação e do que eles classificam como inércia do Sinteac, que os oposicionistas se articulam para tirar a presidência das mãos do PT.

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