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terça-feira, 30 de junho de 2015

Fogo entre companheiros

A professora Rosana Nascimento, militante do PT, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), passou a ser desde a semana passada persona non grata e inimiga pública número um do Palácio Rio Branco. Dois fatos a fizeram ficar em tal posição diante da cúpula do governo e do PT: seu processo de reeleição para a presidência da CUT e a greve dos funcionários da Educação do Estado liderada por ela.

Um dos motivos de maior descontentamento entre os caciques petistas é que, tanto o partido quanto o governo, usaram de todas as suas estruturas para Rosana Nascimento ser eleita, em 2013, presidente do Sinteac, a maior organização sindical do Estado. A disputa de então foi uma das mais acirradas, com o próprio PT rachado em duas candidaturas, o PCdoB e a oposição vindo por fora.

Agora, liderando o movimento grevista, ela é apontada pelo governo e pelo PT como “ingrata” e “traidora”. O governo afirma respeitar a greve, considerando-a legítima, mas que o momento de crise financeira impede o Estado de fazer concessões. Com um aliado à frente do Sinteac, o Palácio Rio Branco esperava uma contenção do movimento grevista, até a “marolinha” da crise passar.

Mas Rosana não tem aberto mão de ir para o embate. A pessoas próximas, afirma que, muito mais do que uma militante petista, ela lidera o principal sindicato acreano, e que precisa prestar contas muito mais aos sindicalizados do que ao governo.

Outro embate enfrentado por Rosana Nascimento foi o processo eleitoral que a reconduziu à presidência da CUT, em abril. Ela encarou e derrotou o campo majoritário do PT, a Democracia Radical (DR). A tendência trabalhava contra sua reeleição, mas ela, com apoio da direção nacional da central sindical, conseguiu mais um mandato.

Os petistas também citam o apoio do líder do partido na Câmara, Sibá Machado, à reeleição de Rosana. Os dois têm relação mais próxima dentro do partido, e militam em tendências opositoras a DR.

Alguns petistas afirmam que sua queda de braço com o governo na greve dos professores seria consequência do duro embate travado pela presidência da CUT, quando assessores palacianos trabalharam contra sua reeleição.

Um comentário:

  1. O Sindicato e a CUT que fique, despreocupados, ano que vem tem eleição novamente, e assim sendo deverão ir novamente para as esquinas das avenidas de Rio Branco abanar a bandeira do PT no rosto das pessoas que não são PT. Deverão gritar palavras do Tipo: CHAME, CHAME, etc.... Irão eleger um Ditador, que não tem diálogo nem com eles. Aconselho fazer logo as bandeiras e bambus.

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