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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Contenção de gastos

O Acre precisou deixar de pagar no primeiro quadrimestre do ano R$ 200 milhões em despesas empenhadas para evitar um saldo negativo em seu balanço fiscal nestes quatro primeiros meses de 2015, conforme mostra o mais recente balanço orçamentário do Estado divulgado na sexta-feira (29) no “Diário Oficial”.

De R$ 1,4 bilhão que deveriam ser pagos até abril, o governo liberou R$ 1,2 bilhão. O não pagamento se deu por causa de arrecadação menor realizada no período, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Até abril de 2014, o governo tinha conseguido arrecadar 32% do previsto para o ano; desta vez a receita foi de 30%. A queda de receitas ficou na casa dos R$ 30 milhões. No primeiro bimestre, a perda na arrecadação tinha sido bem maior: R$ 120 milhões.

A forma encontrada desta vez pelo governo para evitar o déficit foi segurar e adiar o pagamento das dívidas e economizar no custeio público. Em cotejo com o ano passado, os investimentos feitos pelo governo continuam bem abaixo neste começo de 2015.

O Estado injetou R$ 54 milhões em políticas de investimento entre janeiro e abril, enquanto o valor chegou a R$ 184 milhões no mesmo intervalo do ano passado.


O governador Tião Viana afirmou durante a plenária do PT que prefeituras e governos estaduais enfrentam sérias dificuldades financeiras, e que os gestores públicos “estão indo para o abismo”. Apesar da análise pessimista, o petista afirmou que nunca antes o Acre viveu um bom momento em sua economia como agora, com o comércio registrando crescimento nas vendas, e o governo contratando mais de 700 pessoas aprovadas em concursos públicos.

“Olha a crise dos Estados e dos municípios. É verdade estamos indo para a beira do abismo, todos, Estados e municípios, se não houver uma mudança de conduta e reformas estruturantes no Estado brasileiro”, disse Viana. O governador criticou o atual modelo de partilha dos impostos arrecadados, com a União centralizando grande parte dos recursos, enquanto aos governos regionais sobram as migalhas.

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