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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Violência social

A segurança pública no Acre está falida. O governo recorre à Força Nacional para tentar conter a atual onda de violência. Para dar uma resposta à sociedade, o Estado decidiu reforçar a presença da polícia nas ruas. Reprimir foi a solução mais imediata; afinal, qual eleitor não gosta de ver sua polícia combatendo a criminalidade?

E como o atual governo é especialista em viver de marketing, nada mais bom do que explorar (por meio de seus veículos oficiais) imagens como as de cima. Ela retrata bem a violência social diária a que os acreanos mais pobres estão submetidos diariamente.

Num bairro qualquer da periferia, a polícia faz o chamado “bacu” em busca de algo que possa levar mais estes cidadãos pobres para os nossos presídios superlotados. Nós já temos a maior população carcerária do país em termos proporcionais –e lá colocar mais uma dúzia não fará nenhuma diferença, o importante é a estatística no final.

 O governo, mais uma vez, erra ao enfrentar a violência. Reforçar o policiamento terá efeito momentâneo. A violência só será combatida com políticas sociais eficientes, capazes de gerar emprego e renda. No IDH continuamos nas últimas posições da nação. Há décadas a riqueza continua concentrada numa pequena elite dependente do governo.

A grande massa está jogada à sorte. Somente a retirada destas pessoas da pobreza nos dará a garantia da redução da criminalidade. Enquanto a juventude não tiver ao seu dispor ações de governo capazes de capacitá-la para o mercado de trabalho, ela continuará a abarrotar nossos presídios. E não adianta só a capacitação, é preciso oferta de trabalho.

Até lá, ao que parece, o governo do Acre continuará a depender de sua equipe de marketing e assessoria para nos oferecer a sensação de que tudo está a mil maravilhas.   

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