Maioria dos partidos da Frente Popular não tem assento na Câmara
A FPA (Frente Popular do Acre) se apresentará em 2014 como a
maior coligação de partidos das últimas eleições para o governo do Acre. Ao
todo, 17 legendas integram oficialmente o bloco.
Com a criação do PROS o número vai para 18. Mas esta
vantagem numérica pode não representar benefício político para o governador
Tião Viana (PT) em sua busca pela reeleição
A razão é simples: a maioria dos partidos da FPA não tem
cadeira na Câmara dos Deputados; deste total, nove não possuem um único
deputado federal.
Com isso, estas legendas nanicas ficam apenas com alguns
segundos na propaganda eleitoral obrigatória. A oposição, caso saia num
“blocão” para o governo, pode até superar a coligação na divisão dos minutos no
primeiro turno.
Dentro da Frente Popular o partido com maior tempo é o PT.
Como tem a maior bancada na Câmara, a legenda sozinha supera a soma das nove sem representação na
Câmara: Aliados importantes como PCdoB, PSB e PDT asseguram aos governistas uma
boa soma de minutos na campanha de rádio e TV.
A oposição tem ao seu dispor o PMDB com a segunda bancada e
o PSDB logo em seguida. O PSD, dono da quarta bancada, também é fator de peso
nesta balança, com o PP em quinto. Com a criação do PROS, Solidariedade e da
Rede Sustentabilidade é provável que a divisão do tempo de cada partido seja
recalculado.
Além de ser uma complicada e explosiva sopa de letrinhas, a
Frente Popular hoje reúne partidos dos mais variados matizes políticos. Da
esquerda moderada como PT e PCdoB até a extrema direita representada por siglas
cristãs. Manter esta concha de retalhos tem custado caro a nós acreanos.
Não à toa temos uma máquina pública inchada de tantos cargos
comissionados. Abrigar estas legendas, mesmo
que sem nenhuma representação no Congresso, tem como preço empregar em alguma
repartição o presidente do partido, sua mulher, filhos e quem mais estiver em
seu raio de alcance.
É desta forma que se vai mantendo a tão festejada unidade da
Frente Popular.
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