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sábado, 14 de setembro de 2013

Petróleo verde

O governador do Acre, Tião Viana (PT), diz que a prospecção e exploração de petróleo e gás no Estado não colocarão em xeque as políticas ambientais e sustentáveis do governo petista em execução desde 1999, quando se deu início a chamada “florestania”. A declaração do governador foi dada nesta sexta durante seminário com gestores públicos e empresários para tratar dos primeiros passos do Acre neste segmento.

A exploração de petróleo na Amazônia tem preocupado os ambientalistas diante dos impactos causados. A “invasão” da indústria petrolífera em áreas indígenas e de conservação, os efeitos da extração na fauna e flora, bem como as consequências para as populações tradicionais deixam especialistas em alerta.

Em novembro será realizado o primeiro leilão para a prospecção na Bacia do Acre. Ao todo a ANP prevê investimentos superiores a R$ 140 milhões para saber se a região é viável (com bons lucros) para explorar. Ao todo são 11 poços já mapeados e com potencial de retorno.

Este retorno só será conhecido, porém, com as primeiras perfurações. “Esta será uma atividade nada incompatível com nossas políticas ambientais e sustentáveis do Acre. Deixamos de fora as áreas ambientais, as terras indígenas, não há nenhum risco”, diz Tião Viana.

As chances do Acre ter uma bacia petrolífera viável são altas. Logo ao lado, na Amazônia peruana, são mais de 160 mil barris/dia extraídos. Na Província Petrolífera de Urucu, no Amazonas, chega-se a 50 mil barris. Segundo Newton Reis Monteiro, consultor da ANP, é pouco provável que a produção no Acre supere a amazonense.

Ele diz que, no Brasil a indústria do petróleo de exploração em terra firme ainda é muito tímida. A tradição do país está em alto-mar. Com a descoberta do pré-sal, os investimentos da ANP ficaram todos concentrados nesta nova “mina de petróleo”.

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