O governador do Acre, Tião Viana (PT),
diz que a prospecção e exploração de petróleo e gás no Estado não
colocarão em xeque as políticas ambientais e sustentáveis do governo
petista em execução desde 1999, quando se deu início a chamada
“florestania”. A declaração do governador foi dada nesta sexta durante
seminário com gestores públicos e empresários para tratar dos primeiros
passos do Acre neste segmento.
A
exploração de petróleo na Amazônia tem preocupado os ambientalistas
diante dos impactos causados. A “invasão” da indústria petrolífera em
áreas indígenas e de conservação, os efeitos da extração na fauna e
flora, bem como as consequências para as populações tradicionais deixam
especialistas em alerta.
Em novembro
será realizado o primeiro leilão para a prospecção na Bacia do Acre. Ao
todo a ANP prevê investimentos superiores a R$ 140 milhões para saber se
a região é viável (com bons lucros) para explorar. Ao todo são 11 poços
já mapeados e com potencial de retorno.
Este
retorno só será conhecido, porém, com as primeiras perfurações. “Esta
será uma atividade nada incompatível com nossas políticas ambientais e
sustentáveis do Acre. Deixamos de fora as áreas ambientais, as terras
indígenas, não há nenhum risco”, diz Tião Viana.
As
chances do Acre ter uma bacia petrolífera viável são altas. Logo ao
lado, na Amazônia peruana, são mais de 160 mil barris/dia extraídos. Na
Província Petrolífera de Urucu, no Amazonas, chega-se a 50 mil barris.
Segundo Newton Reis Monteiro, consultor da ANP, é pouco provável que a
produção no Acre supere a amazonense.
Ele
diz que, no Brasil a indústria do petróleo de exploração em terra firme
ainda é muito tímida. A tradição do país está em alto-mar. Com a
descoberta do pré-sal, os investimentos da ANP ficaram todos
concentrados nesta nova “mina de petróleo”.
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