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sábado, 28 de março de 2015

Pé no freio

A atual crise que abateu as finanças do Estado por conta da cheia histórica do rio Acre, que obrigou o governo a voltar seus investimentos para os auxílios de defesa civil e a fase de reconstrução das cidades, tem levado a gestão petista de Tião Viana a reduzir o ritmo acelerado de nomeações dos cargos comissionados (CECs) que vinha mantendo até fevereiro, reduzido e acelerado um pouco em março, mas que está em banho-maria neste momento.

Outro fator que levou o Palácio Rio Branco a pisar no freio são as dificuldades da economia brasileira e do próprio governo federal em fazer aprovar seus pacotes de ajuste fiscal num Congresso rebelado. Dependente das transferências da União, o Acre observa o comportamento da arrecadação federal, principal fator para aumento ou queda nos repasses para Estados e municípios.

Até o momento o repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) não tem sentido o efeito da crise. Segundo dados do Tesouro, ele cresceu 2,1% em fevereiro, quando comparado com janeiro. Para março ainda não se tem análises, mas o governo Dilma pena para aumentar sua arrecadação com uma bancada arredia na Câmara e Senado.

Outro fator que leva o governo Tião Viana à prudência no aumento de gasto com pessoal é o cenário de instabilidade na arrecadação de sua receita própria. Com inflação em alta e perda do poder de compra, os consumidores estão mais cautelosos na hora de gastar. O resultado é menos recolhimento do ICMS, imposto que incide diretamente sobre o consumo.

Até a primeira metade de março o governo vinha realizando uma quantidade considerável de nomeações de CECs. Mas de uma semana para cá houve redução sensível. E este freio de mão puxada não tem agradado os aliados que trabalharam em busca da reeleição do governador, que agora cobram a fatura.

Aliado a isso, ainda veio o “pacote de maldades” do prefeito Marcus Alexandre (PT), que prevê demissões de até 10% dos cargos de livre nomeação na estrutura da prefeitura. O governo tem pedido “paciência” aos aliados da Frente Popular, prometido que as “nuvens negras” sobre as finanças do Estado são passageiras.

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