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sexta-feira, 27 de março de 2015

Pacote de maldades (2)

O pacote de ajuste fiscal anunciado pela prefeitura de Rio Branco na última terça-feira (24) causou terremoto na escala máxima entre as lideranças da Frente Popular do Acre (FPA). O principal temor dos aliados do grupo político que comanda o Estado há quase duas décadas é com relação às demissões de cargos comissionados, e a redução no número de servidores com funções gratificadas (FG).

Conforme decreto do prefeito Marcus Alexandre, a meta é alcançar uma redução geral de pelo menos 10% nas despesas de custeio e pessoal até o fim do ano, além de outras medidas, para se chegar a uma economia de R$ 5 milhões. Lideranças da Frente Popular querem saber quais os partidos serão mais penalizados na perda de cargos na estrutura da prefeitura. O ajuste fiscal do petista ganhou até a alcunha de “pacote de maldades” diante dos cortes significativos que acontecerão.

Membros da aliança querem saber até que ponto o partido do prefeito, o PT, também será sacrificado nesta busca pelo equilíbrio das contas públicas. Segundo uma fonte dos chamados “partidos nanicos”, as legendas menores esperam que o custo destas demissões não recaia somente sobre seus ombros.

“Queremos saber até que ponto o PT também estará disposto a cortar na própria carne. Eles [o PT] sempre tiveram os maiores e melhores espaços no governo e prefeitura, com as migalhas sobrando para as demais siglas”, diz um interlocutor. Já há algum tempo líderes da Frente Popular vem dando sinal de insatisfação com os petistas por  perda de espaços.

Eles reclamam de demora para nomeações neste segundo mandato de Tião Viana, que também em breve pode anunciar seu “pacote de maldades” para enfrentar a atual crise pela qual o país passa. Os “rebeldes” da Frente Popular sinalizam até um eventual abandono da aliança caso não sejam atendidos, ameaçando trabalhar contra a campanha de Marcus Alexandre em 2016, quando ele tentará a reeleição.

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