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sábado, 21 de março de 2015

Marcus Alexandre se lambuza com empresas de ônibus

É incrível percebemos o nível esdrúxulo na relação entre o prefeito Marcus Alexandre (PT) e as empresas do setor de transporte coletivo da capital.  Enquanto Rio Branco sofre com a destruição de sua já escassa infraestrutura por causa da enchente histórica do rio Acre, o petista se dá ao luxo de abrir mão de quase R$ 10 milhões de impostos de um segmento tradicionalmente conhecido por sua sonegação tributária. 



A prefeitura alega que este “perdão” é essencial para garantir a tarifa de R$ 1 dos estudantes. Deixar de arrecadar os impostos devidos pelas empresas possibilitaria à prefeitura “congelar” as tarifas do usuário comum. Com a economia brasileira levada ao fundo do poço graças ao governo Dilma Rousseff, os empresários de ônibus pressionam a prefeitura por reajustes diante dos prejuízos de alta de preço em combustível e peças. 

Com uma eleição municipal à porta e com seu partido estando aos frangalhos diante da opinião pública (ou da elite branca), Marcus Alexandre se vê obrigado a abrir mão do que não pode para salvar sua reeleição em 2016. Pelo menos até outubro do próximo ano, o usuário terá a garantia de que a passagem não terá aumento, mesmo que para isso falte dinheiro ao município para tampar o buraco onde passa o coletivo. 

Rio Branco precisa ser reconstruída no pós-enchente. As ruas que ficaram submersas estão destruídas. Numa prefeitura pobre e com pouca arrecadação, deixar de recolher tributos em nome de populismo eleitoral é uma afronta ao rio-branquense. Os milhões que se esvaziarão dos cofres públicos farão falta para recuperar a rua do Manoelzinho da Seis de Agosto. (O Manoelzinho não existe, favor não o procurem para persegui-lo). 

Em 2013, a prefeitura anistiou as empresas de ônibus com mais R$ 5 milhões alegando os mesmos motivos de agora: garantir a melhoria do transporte coletivo. Pura balela. De lá para cá nada mudou. A qualidade continua precária. Quem depende de ônibus sabe a penúria que é andar em coletivos lotados, velhos e após uma longa espera ao sol e à chuva. 

Isentar o transporte coletivo de impostos beneficia única exclusivamente as empresas e o próprio futuro eleitoral do prefeito. A conta ficará com o cidadão duas vezes: primeiro por continuar a usar um sistema coletivo precário e caro, e segundo por ver a capacidade de investimento da prefeitura cada vez menor. 

  

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