Sibá Machado passou a constar na lista-negra do Palácio Rio Branco e da cúpula petista subserviente aos interesses de Tião Viana desde que ousou disputar a presidência do PT local, em 2013. Reunindo as correntes minoritárias da legenda, incluindo a Democracia Socialista (DS), o parlamentar encarou o chamado campo majoritário, que orbita em torno da Democracia Radical (DR), do governador Tião.
A disputa foi quase que um duelo de Titãs. De um lado Sibá reunindo os
chamados petistas tradicionais e insatisfeitos com os atuais rumos do partido, e do outro o sociólogo Ermício Sena contando com toda a estrutura do governo em sua campanha para presidente de um partido. Até lideranças de outras siglas da FPA foram convocadas para conquistar votos para Sena sob ameaça de expurgo de seus cargos comissionados.
Sibá, que já foi presidente do PT, perdeu a eleição interna, mas ganhou muitos desafetos. E uma das formas de retaliação por encarar o grupo dominante foi o boicote a sua campanha de reeleição. O deputado precisou se virar nos 30 para encarar a concorrência de ver toda a máquina do Estado empenhada na eleição do candidato de Tião Viana, o agora deputado federal Léo de Brito.
Numa campanha a “pão e água”, conseguiu o segundo mandato. Sibá é um dos petistas mis orgânicos. No auge do mensalão –quando ocupava a cadeira de senador deixada pela então ministra Marina Silva - usou a cartilha do partido de dizer que tudo não passou de uma farsa e golpismo dos adversários. Ele pertence ao grupo do mensaleiro condenado José Dirceu. E sua influência com o ex-ministro mais a militância petista histórica deram forças para liderar a bancada num dos piores momentos para o PT, com o escândalo do petrolão.
Fosse depender do apoio dos irmãos Jorge e Tião Viana certamente ele não teria conseguido a força necessária para um dos postos mais importantes na carreira de qualquer político. Sua indicação para líder foi um duro golpe para a cúpula petista acreana, que não ousou nem mesmo emitir nota de louvores por ter um acreano liderando a bancada da sigla. Para Sibá Machado e seus aliados, a escolha teve um leve gosto de vingança contra os companheiros que trabalharam para enfraquecê-lo.
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