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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Sucessão à jato


Após conduzir o processo de escolha do novo presidente do Senado neste domingo (1º), o senador Jorge Viana (PT-AC) pode assumir ainda este ano a cadeira reconquistada por Renan Calheiros (PMDB-AL). Indicado pelo PT para representar o partido na vice-presidência, Jorge estará atento ao desenrolar da operação Lava Jato, que investiga denúncias de corrupção na Petrobras, o chamado “petrolão”, já que o senador alagoano é citado como um dos possíveis políticos beneficiados pelo esquema.

Segundo noticiado pela imprensa nacional, Calheiros pode estar entre os denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF). Por ter foro privilegiado, o senador só pode ser investigado a partir de autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente reeleito do Senado nega qualquer envolvimento no esquema. Mas se houver a denúncia e seu nome estiver na lista, o desgaste seria inevitável.

A pressão da opinião pública para um renúncia da presidência do Senado seria a primeira perda política. Uma eventual renúncia conduziria o petista acreano Jorge Viana a ocupar o posto de Calheiros, mesmo que interinamente. Jorge assumiria a presidência pelo tempo necessário da realização de uma nova eleição.

Este mesmo caso aconteceu com o irmão de Jorge, o governador Tião Viana (PT). Em 2007, Tião era também vice de Renan Calheiros, que se viu obrigado a deixar o cargo após a revelação de que suas contas estavam sendo pagas por um lobista. Tião tomou gosto pela função e decidiu ir para a disputa junto com José Sarney (PMDB0AP).

Abandonado por Lula para garantir o PMDB na base, Tião Viana foi derrotado. Agora, assim como Renan Calheiros, Tião Viana também foi citado como possível beneficiário do “petrolão”. Segundo o jornal “O Estado de São Paulo”, o governador teria recebido R$ 380 mil em 2010 para sua campanha ao governo. A reportagem foi baseada na delação premiada feita pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

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