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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Reféns do céu

A iniciativa da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) em investigar o roubo das companhias aéreas no Brasil merece não só o apoio de seus colegas de Casa, mas também de toda a sociedade brasileira. O nosso “caos aéreo” diário é resultado da ineficiência do Estado em cuidar de seus aeroportos e de empresas inescrupulosas cujo único objetivo é aumentar os lucros sem oferecer, em contrapartida, qualidade ao passageiro.

Os preços das passagens no país são uma verdadeira afronta ao bolso do trabalhador. Nós aqui no Acre, então, distante do resto do país, ficamos reféns de tarifas que ultrapassam a já comprometida camada de ozônio. Por que as passagens são tão caras no Brasil? Logo ali no Peru é possível ir de Puerto Maldonado a Lima desembolsando US$ 50, pouco mais de R$ 100.

De Rio Branco a Cruzeiro do Sul, onde se fica menos de uma hora dentro da aeronave, o custo não sai por menos de R$ 200. Ir para outro Estado, então, nem se fala. Nos nossos feriadões somos obrigados a ficar confinados por aqui pelo fato de ser impossível pagar quase R$ 2 mil numa passagem para Brasília ou Manaus.

Está mais do que na hora do governo abrir o caixa-preta das companhias aéreas e saber porque somos afanados. O que diferencia o preço das passagens cobradas no Brasil, no Peru, nos EUA e no Japão? Por que este roubo escancarado com o governo vendo tudo de camarote? Talvez seja porque Dilma Rousseff não quer ver mais brasileiros amontoados em nossos precários aeroportos. 

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