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sábado, 18 de agosto de 2012

Os números mentem

Tirei esta semana que passou para alguns dias de folga do trabalho. Como vivemos num dos países mais caros do mundo fica impossível sair do Acre e dar uma voltinha nos quatro cantos deste Brasilzão de meu Deus. O jeito foi ficar em casa. As minhas tardes dediquei a assistir ao julgamento do mensalão em tempo real pela TV Justiça.

Acompanhei atentamente as primeiras condenações proferidas pelo ministro Joaquim Barbosa. Pude ver melhor como funcionava o esquema de Marcos Valério e a quadrilha instalada no governo Luiz Inácio Lula da Silva. O carequinha Marcos Valério era o grande articulador e dominava todo o esquema. A melhor forma de surrupiar o dinheiro público era por meio de contratos de publicidade com suas empresas.

Dessa forma funcionou com o petista João Paulo Cunha quando presidente da Cãmara dos Deputados, entre 2003 e 2004. A Câmara firmou contratos de R$ 10 milhões com a SMP&B, que por sua vez fazia subcontratos para beneficiar aliados de João Paulo Cunha; foi assim que o petista assegurou uma verbinha para o seu assessor para a empresa deste prestar serviços de assessoria de imprensa para a Casa.

Mas esta não é a questão. Marcos Valério assinou ao menos dois contratos com o renomado insituto Vox Populli, tão adorado pelos petistas acreanos e de propriedade do sociólogo Marcos Coimbra. O objetivo do contrato da SMP&B era avaliar a imagem da Câmara junto ao eleitor. Entre as perguntas, porém, estavam questões sobre José Dirceu e uma avaliação pessoal de João Paulo Cunha.

O Vox Populli é o instituto preferido do governo acreano e do PT/Acre. Desde que assumiu o governo, Tião Viana contrata os serviços da empresa para fazer pesquisas de avaliação de seu governo. Mais recentemente o PT contratou para analisar o desempenho de seus candidatos em Rio Branco e no interior.

São por esses e outros fatos que a sociedade fica desemparada em relação a estas pesquisas e instituos. Suas relações promíscuas com os donos do poder tiram qualquer impacialidade das estatísticas, manobrando os números para beneficiar aqueles que liberam o dinheiro dos contratos.

Assim ocorre com o renomado Ibope, que nas últimas eleições tem deixado muito a desejar, enganando de forma grosseira o eleitor. Felizmente para isso há a Justiça para nos livrar destas ações verdadeiramente criminosas contra a ética. Como afirmou a juíza Maha Kouzi Manasfi e Manasfi, ferindo princípios da democracia e da igualdade.

Faça-se a Justiça

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