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segunda-feira, 27 de julho de 2015

O presente e o futuro tucano

Mesmo após sucessivas derrotas no Acre nas últimas eleições, o PSDB não quer perder o protagonismo como referência de oposição no Estado e no País. O partido tem batido na trave desde a eleição de 2010, com Tião Bocalom perdendo por uma diferença de cinco mil votos, indo para o segundo turno em 2012 e Márcio Bittar também indo para uma nova disputa pelo governo contra Tião Viana (PT) ano passado.

A crise em que mergulhou o petismo por conta dos escândalos da Lava Jato (que também atinge, em menor grau caciques tucanos) leva o PSDB a se fortalecer como ícone da oposição –assim como o PT era nos tempos de FHC. Para o tucanato acreano, muito mais do que a simples sucessão de Marcus Alexandre (PT), no próximo ano estará o fortalecimento do palanque de Aécio Neves para a disputa presidencial de 2018 (sua cobiça política número um).

O PSDB está certo de que na próxima eleição geral o PT será derrotado nas urnas, voltando ao Palácio do Planalto após a sua primeira vitória, em 1994. Para a legenda não interessa deixar outro “parceiro de oposição” assumir o protagonismo de uma disputa majoritária no Acre.

O motivo é simples: legendas como PMDB, PSD e PP afirmam ser oposição aqui, mas se lambuzam com as benesses petistas no plano federal. O temor é de que estas legendas, vindo a assumir a locomotiva oposicionista no Estado, o palanque de Aécio fique desmoronado, em virtude desta postura anfíbia.

Os tucanos apostam alto na candidatura da professora Socorro Neri para a prefeitura do principal colégio eleitoral do Estado. Desconhecida para a grande maioria do eleitorado, ela pode vir a crescer e agradar àquele eleitorado que não quer mais o PT, mas que também não confia na oposição pela ausência de alguém mais qualificado e capacitado.

O fato é que o PSDB no Acre ainda está bastante traumatizado com os aliados na eleição de 2014, sobretudo os oriundos do Juruá. A oposição dupla face de algumas lideranças prejudicou o desempenho do majoritário na região que concentra o segundo maior número de eleitores. Em 2016, o tucanato quer revanche e se preparar para assumir as rampas do Planalto, e, quem sabe, até as escadarias do Palácio Rio Branco –a depender das urnas em 2016.

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