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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Esgoto: mudanças para pior

A capital acreana continua ocupando as últimas posições quando o assunto é saneamento básico, ou saneamento ambiental como a política de distribuição de água potável, coleta e tratamento do esgoto passou a ser chamada.

É o que aponta o mais recente ranking nacional de saneamento desenvolvido pelo Instituto Trata Brasil, com base em dados de 2013. Das 100 maiores cidades do País, Rio Branco ocupa a 84º posição. Em comparação com o último levantamento, de 2012, a cidade melhorou; há três anos ocupava o 91º lugar.

Esta evolução, contudo, vem acompanhada de números ruins. A melhora se deu mais pelo aumento de recursos aplicados e o combate ao desperdício.   De acordo com o Trata Brasil, o número de domicílios em Rio Branco atendidos pela rede de água caiu de 54,22% em 2009 para 48,97% em 2013 - uma redução de 10% em quatro anos. Em Porto Velho esta queda foi de 50%.


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Já em relação à coleta de esgoto, a redução em Rio Branco foi de 0,16%. Mesmo percentual para o seu tratamento. Ao todo, apenas 20% do perímetro urbano da capital tem o esgoto coletado. Segundo dados do IBGE, levantados no Censo 2010, 22 mil domicílios de Rio Branco lidam com o problema do esgoto a céu aberto.

Já a rede de água alcança 49% dos domicílios urbanos.  Nos últimos cinco anos Rio Branco investiu R$ 106 milhões, o equivalente a R$ 59,41 por habitante, para melhorar seu sistema de saneamento.

O bom número observado no estudo diz respeito ao combate ao desperdício de água. Em 2009, a capital perdia até 75% da água distribuída pela rede. Em 2013 foi para 60%. Em Manaus este desperdício é de 76%. Em comparação com as demais capitais do Norte, Rio Branco perde somente para Boa Vista, tanto em distribuição de água como coleta e tratamento de esgoto.

Grandes capitais como Manaus e Belém apresentam resultados pífios em saneamento ambiental. Em Belém, por exemplo, apenas 7% do esgoto de sua população de 1,4 milhão de habitantes são coletados.   As duas capitais, mais Porto Velho, figuram entre as 10 cidades com os piores resultados no ranking do Trata Brasil.

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